Circula por aí uma suposta entrevista com o Chico Xavier. Teria sido dada lá pelos idos de 1986, e o cára esperou a morte do entrevistado para divulgar. Por quê? Nenhuma resposta seria provável ou refutável.
A suposta fala do Chico faz previsões com datas marcadas. Inconcebível.
Mas, o mais tragicômico é que alguns espíritas que se dizem científicos aproveitam para destilar seu venenozinho na memória do médium mineiro por conta das barbaridades contidas na conversa. Ninguém dá o benefício da dúvida a quem não está mais aqui prá se defender. E nem acha estranho uma mensagem levar tanto tempo assim prá ser divulgada, e acertar tantos fatos ocorridos entre a pretensa data e os dias de hoje. Aliás, as mentes incautas até acham que o restante das "previsões" têm chance de acontecer porque acertou naquilo que já passou.
Ninguém nota que, qualquer um que crie um absurdo destes, terá, claro, a história a seu favor para "acertar" a previsões passadas. Em grande parte, a mensagem é isto: uma "profecia do passado".
Em algo assim tão polêmico, o divulgador que apresente a gravação, ou a mensagem assinada, ou, cale-se para sempre.
Se bem que, não faltarão "médiuns" para receberem "comunicações" do Chico confirmando a autoria da entrevista; nem inocentes para acreditarem...
Caro Donha!
ResponderExcluirIsso me lembra uma história contado por alguém do CELE, numa apresentação no COEM. Diz esta pessoa que por conta de estudos que fazia na época teve que se ausentar do CELE e por força disso frequentar outro Centro. Para ecurtar a história, acabou vendo coisas que não imaginava. Desde apresentação de espíritos numa sessão mediúnica ( cada médium se apresentava com quem ia trabalhar naquela noite) com requintes de encenação etc.
Isso me lembrou uma outra história: a minha. Fiz o caminho contrário. Estudei, lí obras de Kardec, outras tantas e comecei a frequentar os Centros, até chegar hoje ao CELE. Neste caminho encontrei um Centro que falava que os espíritos vivem numa dimensão em sentido anti-horário, como também ví alguns médiuns falando mal de outros. Isso era aberto em cursos ministrados pela casa. E mais: conheci um que falava em gravidez de espírito. Tudo isso para dizer que o surgimento agora de uma entrevista do Chico, concedida em 86, e histórias como as que falei, precisam de uma fisclização maior da Federação. Acho que é o mínimo que se pode fazer. Ou não?
Olá Sergio,
ResponderExcluirPode ser essa a solução, ainda que para se emitirem notas de esclarecimento.
Abraços.
Donha,
ResponderExcluirEu falo de uma fiscalização mesmo.Sou democrático, assim como você, mas o espiritismo caminha por uma estrada sem pedágio e por isso o ovimento é intenso e de pouca fiscalização, sem ônus. Os mesmos acham que podem tudo. Publicam livros, dão palestras... em nome do espiritismo que acaba pagando o pato.
Daqui a uns dias, se não abrirem os olhos, seremos ridicularizados assim como muitos, em muitos templos evangélicos, por exemplo.
abraço.
A questão, Sérgio, é qual seria o grupo credenciado para "fiscalizar". As federações não reúnem condições nem doutrinárias nem morais que as credenciem. E, se elas não as têm, quem as terá? A verdade é que, por mais tenha Kardec sonhado o contrário, e alguns sonhadores ainda o sigam nisso, o Espiritismo é uma religião. E, em termos de religião a liberdade é, e deve continuar sendo, irrestrita. Os únicos limites devem ser aqueles previstos em lei para garantia de uma convivência pacífica e excrupulosa entre as pessoas e os grupos. Em religião, cada um tem o direito de se achar o único que sabe como é Deus e o que ele quer dos homens, e como se dá, ou não se dá, a sobrevivência da alma.
ResponderExcluirNão tenho mesmo conhecimento das limitações das federações. Mas, sendo assim, que se exalte e prevaleça o bom senso, então.
ResponderExcluirContinuemos nós,
espero) no caminho.
abraço.