quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
RELAXE... FAÇA AUTO-CRÍTICA... RELIGIOSEIE, ATÉ, SE TE APATECE...
Uma das diferenças entre uma ciência e uma religião, é que esta última é um sistema fechado, do qual se você contesta qualquer segmento, seus adeptos reagirão, seguindo um instinto de sobrevivência, como se você tivesse contestado o sistema todo. Outra característica da religião é o apego emocional a um único livro, ou a um único autor, enfim, a um conjunto de princípios que não podem ser contestados. Eu nunca neguei a grandiosidade e importância do espiritismo. A mundividência apresentada e permitida pelo pensamento de Kardec nos abre uma perspectiva inédita não só de compreensão, mas, principalmente, de transformação do individual, do coletivo e do universal. No entanto, o progresso caminha do inconsciente para o consciente. É mister abandonarmos o mito pela razão, a fim de que retornemos ao mito instrumentalizados. Quando o espírita se fecha em Kardec e reage passionalmente a qualquer tentativa de questionamento, está se aferrando ao inconsciente; está resistindo ao desatracamento do mito que o sustenta; está temendo e fugindo da liberdade de pensamento; está, enfim, exercendo com a maior intensidade possível sua subordinação à religião. E a sua repetitiva, reiterada e irracional afirmação de que não é um religioso, é, na verdade, consequencia pura e simples do fato de que o mecanismo é inconsciente. Sendo inconscientemente um místico, temendo abandonar a segurança de suas crenças, aferra-se à afirmação de que não é místico, no mecanismo evidente de afirmar subliminarmente através de uma negação manifesta. Ele vive permanentemente um sonho e se recusa acordar. É um documentário vivo de como o conteúdo manifesto enconde o conteúdo inconsciente.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
GNOSE ESPÍRITA
O espírito é o ser consciente do universo; é a consciência individualizada. E o homem é um estado do espírito.
Seja o espírito um produto final da complexificação dos processos da matéria, ou tenha surgido pronto, anterior ou independente da matéria, produzido por um demiurgo, partimos da premissa de que, em algum momento, ele surgiu. E uma das suas faculdades inerentes e constitutivas, sem a qual ele não seria espírito, é a possibilidade de conhecer. Conhecer é a condição e o desiderato do espírito. Assim, o espírito conhece simplesmente por estar no mundo. Esse conhecimento ocorre lenta, gradual e permanentemente, dentro de um longo - ou até infinito - processo evolutivo. Sendo, o espírito, em seu inicio, simples e ignorante, ele apreende e compreende a realidade como pode. Durante a sua existência, como conseqüência da interação com a realidade, ele aperfeiçoa seus meios de apreensão e compreensão. A realidade aqui compreende todo o meio que o cerca, tanto as coisas diferentes dele, como os outros espíritos, semelhantes a ele; além daquilo que lhe é próprio, que se refere a si mesmo.
O espírito é capacitado a priori para o conhecimento; e essas capacidades são: a percepção, a individuação - e consequente vontade de preservação da individualidade -, e a divinização, ou impulso à divinidade.
Percepção é a capacidade de perceber a realidade, incluindo aí os mecanismos necessários, tais como, observação, análise, raciocínio e outros.
A vontade (ou necessidade) de preservação da individualidade alimenta na personalidade o egoísmo.
O impulso à divinidade é a ética interior e anterior que, no contato com as outras duas capacidades irá determinar as ações e reações do espírito.
Seja o espírito um produto final da complexificação dos processos da matéria, ou tenha surgido pronto, anterior ou independente da matéria, produzido por um demiurgo, partimos da premissa de que, em algum momento, ele surgiu. E uma das suas faculdades inerentes e constitutivas, sem a qual ele não seria espírito, é a possibilidade de conhecer. Conhecer é a condição e o desiderato do espírito. Assim, o espírito conhece simplesmente por estar no mundo. Esse conhecimento ocorre lenta, gradual e permanentemente, dentro de um longo - ou até infinito - processo evolutivo. Sendo, o espírito, em seu inicio, simples e ignorante, ele apreende e compreende a realidade como pode. Durante a sua existência, como conseqüência da interação com a realidade, ele aperfeiçoa seus meios de apreensão e compreensão. A realidade aqui compreende todo o meio que o cerca, tanto as coisas diferentes dele, como os outros espíritos, semelhantes a ele; além daquilo que lhe é próprio, que se refere a si mesmo.
O espírito é capacitado a priori para o conhecimento; e essas capacidades são: a percepção, a individuação - e consequente vontade de preservação da individualidade -, e a divinização, ou impulso à divinidade.
Percepção é a capacidade de perceber a realidade, incluindo aí os mecanismos necessários, tais como, observação, análise, raciocínio e outros.
A vontade (ou necessidade) de preservação da individualidade alimenta na personalidade o egoísmo.
O impulso à divinidade é a ética interior e anterior que, no contato com as outras duas capacidades irá determinar as ações e reações do espírito.
PARADIGMAS
Primeiro era o teísmo. Durante muito tempo a ênfase das ações e atenções humanas era Deus. A vida se organizava em rituais, festas, governos, tudo girando em torno de Deus. Quanto sangue derramado pelas religiões em nome da divindade.
Depois, veio o humanismo. E a ênfase passou a ser dada ao homem, que se tornou o centro de todas as atenções, intenções, políticas e revoluções. Quanto sangue derramado pelas revoluções em nome da humanidade.
Agora, desde 1857, o mundo tem a chance de implantar um novo paradigma: é o espiritismo. A ênfase pode passar ao espírito, seu conhecimento, sua evolução, suas relações e comunicações. O futuro dirá se haverá derramamento de sangue também em nome da espiritualidade.
Depois, veio o humanismo. E a ênfase passou a ser dada ao homem, que se tornou o centro de todas as atenções, intenções, políticas e revoluções. Quanto sangue derramado pelas revoluções em nome da humanidade.
Agora, desde 1857, o mundo tem a chance de implantar um novo paradigma: é o espiritismo. A ênfase pode passar ao espírito, seu conhecimento, sua evolução, suas relações e comunicações. O futuro dirá se haverá derramamento de sangue também em nome da espiritualidade.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
HÁ EVIDÊNCIAS DE UM ENCONTRO ENTRE MARX E KARDEC?
Refiro-me a um encontro pessoal entre eles.
Encontro ideológico até existe e seria passível de uma discussão interminável.
No meu tempo de mocidade, lá por 1970, alguém aventou a possibilidade de Marx ser o Sr. M..., referido por Kardec em um texto publicado em Obras Póstumas, com o título de "Primeira revelação da minha missão", e relativo a uma sessão na casa do Sr. Roustan, sendo médium a Srta Japhet, em 30 de abril de 1856, realimentado em uma sessão de 12 de maio do mesmo ano, desta vez na casa do Sr. Baudin. Vão na prateleira buscar o livro, abram na página 277 da edição FEB, e acompanhem o que digo.
Depois de uma breve pesquisa concluímos, na mocidade, que não havia evidências históricas; ao contrário, havia sim muitos indícios da impossibilidade do encontro; e não se falou mais nisso.
Agora, vi no youtube um vídeo de certo cidadão afirmando categoricamente tal encontro, e ainda jactando-se de ser o primeiro a encontrar as evidências "lá em Paris" e revelar tal novidade ao povo brasileiro. Como decepcionante confirmação, apenas cita o que o Leymarie publicou nas Obras Póstumas em 1890, conhecido de nossa gente desde que o Guillon Ribeiro as traduziu há muitas décadas.
Vamos aos fatos históricos. Em 1856 Marx morava em Londres, tinha enormes dificuldades para manter-se, a si e a à família, o fazia com a ajuda de seu amigo Engels e com bicos a jornais, além de sofrer enormemente com a saúde abalada, o que dificultaria qualquer viagem, ainda mais para o outro lado do canal. Ele havia sido expulso de Paris em 1845; foi viver em Bruxelas, na Bélgica, de onde foi expulso em 1848; voltando à Alemanha de onde foi expulso em 1849; tentou voltar a Paris mas o governo francês o impediu de fixar-se ali; então, no mesmo ano, com a ajuda de amigos, rumou para o exílio definitivo em Londres. Era, a esta altura, já um lider comunista bastante conhecido, não passaria, portanto, incógnito em Paris em 1856, onde poderia ser até preso pela ditadura de Napoleão III.
Vejamos alguns traços do perfil do Sr. M..., traçados por Kardec:. "O Sr. M..., que assistia àquela reunião, era um moço de opiniões radicalíssimas, envolvido nos negócios políticos e obrigado a não se colocar em evidência. Acreditando que se tratava de uma próxima subversão, aprestou-se a tomar parte nela e a combinar planos de reforma. Era, aliás, homem brando e inofensivo". Alguma coisa até poderia bater com Marx; mas nunca o "homem brando e inofensivo". Muito menos seria ele alguém que precisasse de conversa com espíritos para "acreditar em alguma subversão e aprestar-se a tomar parte". Àquela altura, ele e Engels já haviam lançado o manifesto comunista e fundado a Liga dos Comunistas; portanto, eles faziam as subversões, não apenas "tomavam parte nelas". Prá completar, na sessão do dia 12 de maio, o próprio Espírito Verdade teria dito sobre o Sr. M...: "Muito ruído. Ele tem boas idéias; é homem de ação, mas não é uma cabeça". Marx, por seu lado, era a principal cabeça do socialismo científico que, naquela época e em quase todas as instâncias, substituía o socialismo utópico dos quais muitos adeptos integravam a equipe de Kardec.
Pode até ser que o moço do youtube tenha razão. Eu não creio; só vejo nisso o nosso afoito pesquisador criando uma história a partir de uma simples inicial.
Encontro ideológico até existe e seria passível de uma discussão interminável.
No meu tempo de mocidade, lá por 1970, alguém aventou a possibilidade de Marx ser o Sr. M..., referido por Kardec em um texto publicado em Obras Póstumas, com o título de "Primeira revelação da minha missão", e relativo a uma sessão na casa do Sr. Roustan, sendo médium a Srta Japhet, em 30 de abril de 1856, realimentado em uma sessão de 12 de maio do mesmo ano, desta vez na casa do Sr. Baudin. Vão na prateleira buscar o livro, abram na página 277 da edição FEB, e acompanhem o que digo.
Depois de uma breve pesquisa concluímos, na mocidade, que não havia evidências históricas; ao contrário, havia sim muitos indícios da impossibilidade do encontro; e não se falou mais nisso.
Agora, vi no youtube um vídeo de certo cidadão afirmando categoricamente tal encontro, e ainda jactando-se de ser o primeiro a encontrar as evidências "lá em Paris" e revelar tal novidade ao povo brasileiro. Como decepcionante confirmação, apenas cita o que o Leymarie publicou nas Obras Póstumas em 1890, conhecido de nossa gente desde que o Guillon Ribeiro as traduziu há muitas décadas.
Vamos aos fatos históricos. Em 1856 Marx morava em Londres, tinha enormes dificuldades para manter-se, a si e a à família, o fazia com a ajuda de seu amigo Engels e com bicos a jornais, além de sofrer enormemente com a saúde abalada, o que dificultaria qualquer viagem, ainda mais para o outro lado do canal. Ele havia sido expulso de Paris em 1845; foi viver em Bruxelas, na Bélgica, de onde foi expulso em 1848; voltando à Alemanha de onde foi expulso em 1849; tentou voltar a Paris mas o governo francês o impediu de fixar-se ali; então, no mesmo ano, com a ajuda de amigos, rumou para o exílio definitivo em Londres. Era, a esta altura, já um lider comunista bastante conhecido, não passaria, portanto, incógnito em Paris em 1856, onde poderia ser até preso pela ditadura de Napoleão III.
Vejamos alguns traços do perfil do Sr. M..., traçados por Kardec:. "O Sr. M..., que assistia àquela reunião, era um moço de opiniões radicalíssimas, envolvido nos negócios políticos e obrigado a não se colocar em evidência. Acreditando que se tratava de uma próxima subversão, aprestou-se a tomar parte nela e a combinar planos de reforma. Era, aliás, homem brando e inofensivo". Alguma coisa até poderia bater com Marx; mas nunca o "homem brando e inofensivo". Muito menos seria ele alguém que precisasse de conversa com espíritos para "acreditar em alguma subversão e aprestar-se a tomar parte". Àquela altura, ele e Engels já haviam lançado o manifesto comunista e fundado a Liga dos Comunistas; portanto, eles faziam as subversões, não apenas "tomavam parte nelas". Prá completar, na sessão do dia 12 de maio, o próprio Espírito Verdade teria dito sobre o Sr. M...: "Muito ruído. Ele tem boas idéias; é homem de ação, mas não é uma cabeça". Marx, por seu lado, era a principal cabeça do socialismo científico que, naquela época e em quase todas as instâncias, substituía o socialismo utópico dos quais muitos adeptos integravam a equipe de Kardec.
Pode até ser que o moço do youtube tenha razão. Eu não creio; só vejo nisso o nosso afoito pesquisador criando uma história a partir de uma simples inicial.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
A DEMOCRATIZAÇAO DA PRÁTICA MEDIÚNICA
A mediunidade está na base de todas as religiões. De uma forma ou de outra, todas elas tiveram seu início com alguém entrando no tal "estado alterado de consciência" e recebendo uma revelação de um ser espiritual, quer o chamemos de deus, de deusa ou de espíritos, e sejam estes "dos mortos" ou "da natureza". A partir dai, cria-se uma religião em torno da revelação, com seus mistérios, seus rituais, seus mestres e, principalmente, seu mercado. Os interessados são apresentados a uma série de exigências para iniciação e acesso àquela pretensa verdade; exigências que lhes custam tempo, dinheiro e submissão. O investimento em tempo sempre será necessário; mas, em dinheiro e submissão a templos e gurus pode se dispensado. Nossa sociedade e mesmo nossa evolução individual caminha para uma situação de independência; de certeza na igualdade de direitos e possibilidades de todas as pessoas. Portanto, dispense intermediários. Encontre você mesmo seu deus, sua deusa, seus deuses, seus espíritos guias, seus duendes, gnomos, et's, ou simplesmente mergulhe num oceano interior indevassado. Desenvolva sua mediunidade sem necessidade de alucinógenos nem de mistérios avaros protegidos por qualquer seita.
Como?
Reúnam um grupo que esteja a fim; e, de preferência, que seja afim. Se não forem afins, que ao menos estejam a fim. Qualquer número; mas, pensemos, por exemplo, em uma dúzia de pessoas. Escolham um local, estabeleçam um dia na semana e uma hora determinada para a reunião. Como eu já disse, tempo é necessário. Nessas reuniões estudem a vasta literatura disponível sobre a mediunidade, para conhecerem o terreno em que pisam, os mecanismos envolvidos e os possíveis inconvenientes. Mas, ao lado desse estudo teórico, iniciem a prática. Comecem com exercícios simples de concentração e vão, ao longo das semanas, aumentando-os em duração e complexidade. A prática da concentração também pode ser orientada pela literatura a respeito, onde sobejam exercícios de relaxamento e abstração. As reuniões podem começar com uma prece, ou uma leitura agradável; podem ter música suave ao fundo. Após os estudos teóricos, parte-se para a prática, onde se experimenta uns cinco minutos de concentração, que em algumas semanas será estendido para dez, depois para quinze, e, assim, sucessivamente, até uma duração de uns noventa minutos, mais ou menos, segundo os interesses do grupo. Terminado o exercício, dá-se um tempo para que as pessoas "retornem" (alguns terão "viajado" mais que outros). Assim que todos estiverem bem, cada um faz aos demais um relato do que sentiu e observou durante o exercício. Para efeito de ordem e organização, escolhe-se um dos participantes para dirigir a reunião, uma espécie de piloto ou monitor.
Todos esses passos, bem como a teoria a respeito, existem em programas pré-estabelecidos e disponibilizados gratuitamente na web. O mais popular deles é o COEM, o Centro de Orientação e Educação Mediúnica. Foi elaborado há mais de quarenta anos, pelo Centro Espírita Luz Eterna, de Curitiba, mas tem uma versão moderna, o COEM II, que pode ser encontrado para download simplesmente lançando-se esse nome no google. Para facilitar, indicamos dois sites que o disponibilizam: www.carlosparchen.net/coem2.html e pt.scribd.com/doc/61851789/1/COEMII---A-NOVA-VERSAO-CENTRO-DE-ORIENTAÇAO-E-EDUCACAO-MEDIUNICA. Mas, repito, consultem o google e encontrarão outros. Ou, se o preferirem, elaborem seus próprios programas.
Daí, meus amigos, seja com o COEM, com outro programa, ou o seu "personal program", vocês poderão fazer sua própria experiência. Ficarão sabendo se têm mediunidade, poderão decidir se isto realmente existe, se a alma sobrevive, se existem outros planos de realidade espiritual ou não.
Que acham?
Como?
Reúnam um grupo que esteja a fim; e, de preferência, que seja afim. Se não forem afins, que ao menos estejam a fim. Qualquer número; mas, pensemos, por exemplo, em uma dúzia de pessoas. Escolham um local, estabeleçam um dia na semana e uma hora determinada para a reunião. Como eu já disse, tempo é necessário. Nessas reuniões estudem a vasta literatura disponível sobre a mediunidade, para conhecerem o terreno em que pisam, os mecanismos envolvidos e os possíveis inconvenientes. Mas, ao lado desse estudo teórico, iniciem a prática. Comecem com exercícios simples de concentração e vão, ao longo das semanas, aumentando-os em duração e complexidade. A prática da concentração também pode ser orientada pela literatura a respeito, onde sobejam exercícios de relaxamento e abstração. As reuniões podem começar com uma prece, ou uma leitura agradável; podem ter música suave ao fundo. Após os estudos teóricos, parte-se para a prática, onde se experimenta uns cinco minutos de concentração, que em algumas semanas será estendido para dez, depois para quinze, e, assim, sucessivamente, até uma duração de uns noventa minutos, mais ou menos, segundo os interesses do grupo. Terminado o exercício, dá-se um tempo para que as pessoas "retornem" (alguns terão "viajado" mais que outros). Assim que todos estiverem bem, cada um faz aos demais um relato do que sentiu e observou durante o exercício. Para efeito de ordem e organização, escolhe-se um dos participantes para dirigir a reunião, uma espécie de piloto ou monitor.
Todos esses passos, bem como a teoria a respeito, existem em programas pré-estabelecidos e disponibilizados gratuitamente na web. O mais popular deles é o COEM, o Centro de Orientação e Educação Mediúnica. Foi elaborado há mais de quarenta anos, pelo Centro Espírita Luz Eterna, de Curitiba, mas tem uma versão moderna, o COEM II, que pode ser encontrado para download simplesmente lançando-se esse nome no google. Para facilitar, indicamos dois sites que o disponibilizam: www.carlosparchen.net/coem2.html e pt.scribd.com/doc/61851789/1/COEMII---A-NOVA-VERSAO-CENTRO-DE-ORIENTAÇAO-E-EDUCACAO-MEDIUNICA. Mas, repito, consultem o google e encontrarão outros. Ou, se o preferirem, elaborem seus próprios programas.
Daí, meus amigos, seja com o COEM, com outro programa, ou o seu "personal program", vocês poderão fazer sua própria experiência. Ficarão sabendo se têm mediunidade, poderão decidir se isto realmente existe, se a alma sobrevive, se existem outros planos de realidade espiritual ou não.
Que acham?
terça-feira, 20 de setembro de 2011
DEU NA TV
Eu estava assistindo ao Discovery Science, e aquele japonesinho que apresenta a série atual dizia que a matéria escura é a responsável pela coesão das estrelas nas galáxias e das galáxias nos aglomerados. E que a energia escura faz o papel contrário à matéria escura, ou seja, é responsável pela expansão do universo e o consequente distanciamento das galáxias.
Isto me lembra a questão 27 do Livro dos Espíritos onde escreveram que o fluido universal "é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá".
E o japonesinho explicava que a matéria escura foi descoberta justamente porque a gravitação sozinha não era suficiente para explicar a coesão das estrelas e galáxias.
Bem, pode que uma coisa não seja outra coisa (ou seja apenas o medo de admitir que o seja), mas não deixa de ser impressionante o fato de que duas adolescentes em transe anteciparam em 150 anos a necessidade da existência de um certo tipo de matéria invisível (ou escura, como queiram) para manter a coesão da matéria visível.
Isto me lembra a questão 27 do Livro dos Espíritos onde escreveram que o fluido universal "é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá".
E o japonesinho explicava que a matéria escura foi descoberta justamente porque a gravitação sozinha não era suficiente para explicar a coesão das estrelas e galáxias.
Bem, pode que uma coisa não seja outra coisa (ou seja apenas o medo de admitir que o seja), mas não deixa de ser impressionante o fato de que duas adolescentes em transe anteciparam em 150 anos a necessidade da existência de um certo tipo de matéria invisível (ou escura, como queiram) para manter a coesão da matéria visível.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
ALEXANDRIA, O FILME
Alexandria, no Brasil, ou Ágora, em Portugal, ou Agora, no original,é o título de um filme espanhol dirigido por Alejandro Amenábar, lançado na Espanha em 9 de outubro de 2009. O filme é estrelado por Rachel Weisz e Max Minghella e relata a história da filósofa Hipátia, que viveu em Alexandria, no Egito, entre os anos 355 e 415 do nosso calendário.
O embate é entre a filosofia e a religião. Entre o livre-pensar e a fé intolerante. Tem a política, claro; mas, a política é sempre a arena onde todas as coisas se chocam. O filme se ambienta na esquina de pedras onde a historia regrediu da ciência para o fanatismo. Onde a filosofia, representada pela cultura greco-romana, foi derrotada pela religião, representada pelo cristianismo, e a humanidade foi lançada na noite fria e tenebrosa da Idade Média. E onde metade da raça humana foi rebaixada a animal irracional: as Epístolas de Paulo, transformadas em lei, calaram as mulheres, proibindo-as de pensar ou ensinar, condenando-as à morte se o ousassem, no crime mais imperdoável do cristianismo.
O âmago do filme, o instante em que o debate milenar entre filosofia e religião se manifesta, é quando dois ex-alunos de Hipátia -- Orestes, o prefeito, e Sinésio de Cirene, bispo de Ptolemaida --, tentam convencê-la a aderir ao cristianismo para salvarem a pele e o poder, e ela responde clara e definitivamente porque não pode fazê-lo: "Sinésio, você não questiona sua fé; você não pode; e eu devo..."
Na época atual, quando julgávamos consolidadas as conquistas libertárias iniciadas com o Renascimento, mas, na verdade, vemos a pobre e condenada humanidade resvalando novamente para o abismo escuro do fundamentalismo -- seja mouro ou cristão --, impõe-se a importância desse filme. Que todos o aluguem, reúnam familiares e amigos, e salvem-se vendo-o. Pois não diz o poeta que os que desconhecem a história estão fadados a repetirem seus erros?
O embate é entre a filosofia e a religião. Entre o livre-pensar e a fé intolerante. Tem a política, claro; mas, a política é sempre a arena onde todas as coisas se chocam. O filme se ambienta na esquina de pedras onde a historia regrediu da ciência para o fanatismo. Onde a filosofia, representada pela cultura greco-romana, foi derrotada pela religião, representada pelo cristianismo, e a humanidade foi lançada na noite fria e tenebrosa da Idade Média. E onde metade da raça humana foi rebaixada a animal irracional: as Epístolas de Paulo, transformadas em lei, calaram as mulheres, proibindo-as de pensar ou ensinar, condenando-as à morte se o ousassem, no crime mais imperdoável do cristianismo.
O âmago do filme, o instante em que o debate milenar entre filosofia e religião se manifesta, é quando dois ex-alunos de Hipátia -- Orestes, o prefeito, e Sinésio de Cirene, bispo de Ptolemaida --, tentam convencê-la a aderir ao cristianismo para salvarem a pele e o poder, e ela responde clara e definitivamente porque não pode fazê-lo: "Sinésio, você não questiona sua fé; você não pode; e eu devo..."
Na época atual, quando julgávamos consolidadas as conquistas libertárias iniciadas com o Renascimento, mas, na verdade, vemos a pobre e condenada humanidade resvalando novamente para o abismo escuro do fundamentalismo -- seja mouro ou cristão --, impõe-se a importância desse filme. Que todos o aluguem, reúnam familiares e amigos, e salvem-se vendo-o. Pois não diz o poeta que os que desconhecem a história estão fadados a repetirem seus erros?
domingo, 31 de julho de 2011
AINDA AS CREDULIDADES.
Há pouco me referi à credulidade dos espíritas aceitando sem criticas pretensas profecias de Chico Xavier. Alguns chegam a atacar o pobre médium -- que não está entre os encarnados para se defender com facilidade -- por "fazer profecias com datação exata", sem se darem ao trabalho de verificar a autenticidade do texto ou da pretensa entrevista, saturada de pistas que a tornam bastante suspeita. Esse não é o primeiro acontecimento que demonstra a credulidade excessiva de uns, a má intenção de outros, e a justa indignação de um grande número de espíritas ante as fantasias, exageros, aberrações intelectuais, relatos de supostas reencarnações -- onde o general sempre reencarna como general, o médium como médium, o político como político, o escritor como escritor, num vai-vem vicioso -- que se agregam ao movimento espírita. Nosso caro amigo Sergio Brandão, num atencioso comentário ao texto, chegou a sugerir a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa por parte dos órgãos representativos do movimento. Ele também não é o primeiro a pensar assim, numa justificável irritação dos espíritas estudiosos ante tudo isso.
Mas, convenhamos, essas coisas não acontecem apenas no espiritismo e, sim, em todos os campos do conhecimento e do pensamento. Qual não será a irritação dos professores sérios, dos físicos dedicados, dos engenheiros inteligentes ante as heresias científicas usadas, por exemplo, pelos que disseminam teorias conspiratórias sobre a "farsa da conquista da Lua"; dos cientistas quando constatam que suas descobertas recentes de raios de electrons ou coisas assim saídas dos buracos negros dos centros de galáxias são associadas com as expectativas místicas de 2012; ou dos astrônomos, amadores ou não, ao verem suas previsões já concretizadas de aproximação marciana servirem anualmente de alarmismos e frenesis em mensagens eletrônicas? Se é assim na ciência, imaginemos na religião! Como não devem sentir-se os adeptos conscientes da umbanda quando vêem sua religião associada indevidamente a charlatões que sacrificam animais ou até pessoas em rituais esdrúxulos de pretensa magia negra?
Teria fim, uma luta encetada por organismos representativos para entregarem prontinho aos interessados o que é ou não da doutrina?
Penso que, aqui, repete-se a necessidade do ensino da pesca ao invés do fornecimento do peixe. Cada pensante ou pensador deve aprender a separar o joio do trigo, a verdade e a mentira, nas idéias e movimentos que abrace. Quem se acha de posse de uma boa ceifadeira ou um bom método de separação, que o ofereça aos demais.
O importante é que desenvolvamos a responsabilidade pelas nossas crenças. E isso acontece através do estudo, da leitura do maior número possível de autores, da vivência de experiências e convivências em atividades de grupos, sempre com o olhar crítico, mantendo um equilíbrio saudável entre o ceticismo e a aceitação
Porque eu, particularmente, não me sinto credenciado para fiscalizar ninguém. Assim como não conheço ninguém suficientemente graduado para me fiscalizar no campo das idéias; e no campo da prática, faço concessão apenas no tocante àquilo que já foi objetivado consensualmente em forma de lei.
Mas, convenhamos, essas coisas não acontecem apenas no espiritismo e, sim, em todos os campos do conhecimento e do pensamento. Qual não será a irritação dos professores sérios, dos físicos dedicados, dos engenheiros inteligentes ante as heresias científicas usadas, por exemplo, pelos que disseminam teorias conspiratórias sobre a "farsa da conquista da Lua"; dos cientistas quando constatam que suas descobertas recentes de raios de electrons ou coisas assim saídas dos buracos negros dos centros de galáxias são associadas com as expectativas místicas de 2012; ou dos astrônomos, amadores ou não, ao verem suas previsões já concretizadas de aproximação marciana servirem anualmente de alarmismos e frenesis em mensagens eletrônicas? Se é assim na ciência, imaginemos na religião! Como não devem sentir-se os adeptos conscientes da umbanda quando vêem sua religião associada indevidamente a charlatões que sacrificam animais ou até pessoas em rituais esdrúxulos de pretensa magia negra?
Teria fim, uma luta encetada por organismos representativos para entregarem prontinho aos interessados o que é ou não da doutrina?
Penso que, aqui, repete-se a necessidade do ensino da pesca ao invés do fornecimento do peixe. Cada pensante ou pensador deve aprender a separar o joio do trigo, a verdade e a mentira, nas idéias e movimentos que abrace. Quem se acha de posse de uma boa ceifadeira ou um bom método de separação, que o ofereça aos demais.
O importante é que desenvolvamos a responsabilidade pelas nossas crenças. E isso acontece através do estudo, da leitura do maior número possível de autores, da vivência de experiências e convivências em atividades de grupos, sempre com o olhar crítico, mantendo um equilíbrio saudável entre o ceticismo e a aceitação
Porque eu, particularmente, não me sinto credenciado para fiscalizar ninguém. Assim como não conheço ninguém suficientemente graduado para me fiscalizar no campo das idéias; e no campo da prática, faço concessão apenas no tocante àquilo que já foi objetivado consensualmente em forma de lei.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
O VERDADEIRO CARÁTER DO ESPIRITISMO
Os Espíritos do Senhor,
que são as virtudes dos Céus,
qual imenso exército que se movimenta
ao receber as ordens do seu comando,
espalham-se por toda a superfície da Terra
e, semelhantes a estrelas que tombam,
vêm iluminar os caminhos
e abrir os olhos aos cegos.
Eu vos digo, em verdade,
que são chegados os tempos
em que todas as coisas
hão de ser restabelecidas
no seu verdadeiro sentido,
para dissipar as trevas,
confundir os orgulhosos
e glorificar os justos.
As grandes vozes do Céu
ressoam como sons de trombetas,
e os cânticos dos anjos se lhes associam.
Nós vos convidamos, a vós homens,
para o divino concerto.
Tomai da lira,
fazei uníssonas vossas vozes,
e que, num hino sagrado,
elas se estendam e repercutam
de um extremo a outro do Universo.
Homens, irmãos a quem amamos,
aqui estamos junto de vós.
Amai-vos, também, uns aos outros
e dizei do fundo do coração,
fazendo as vontades do Pai, que está no Céu:
"Senhor! Senhor!"...
e podereis entrar no reino dos Céus.
Esta belíssima e poética mensagem foi colocada por Kardec como prefácio de seu livro mais lido: "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Segundo ele, porque a mensagem, transmitida por via mediúnica, resume, ao mesmo tempo, o verdadeiro caráter do Espiritismo e o objetivo da obra.
Temos aí, portanto, resumido, o verdadeiro caráter do Espiritismo, segundo seu fundador.
O que é caráter? Os dicionários da língua portuguesa, assim como os dicionários filosóficos ou especializados, trazem várias acepções, tanto relativas às coisas como às pessoas. No tocante às idéias, poderíamos dizer que caráter é o conjunto de qualidades ou especificidades próprias de uma idéia e que a distingue das outras.
E a primeira qualidade notada neste texto é o seu estilo: poético e místico.
Está pleno de imagens e metáforas poéticas, como os sons de trombeta representando as vozes que trazem conhecimentos novos e inusitados; as liras que talvez sejam os discursos; e excelências abstratas como as virtudes não pertencendo mas em sinonímia com os espíritos do senhor, que para os espíritas são seres concretos. Além de cântico de anjos simbolizando o apoio e amparo de espíritos puros.
E apesar do convite ao arroubo místico - no qual diremos do fundo do coração "Senhor!Senhor!" -, parece concluir a mensagem que o principal caráter do Espiritismo é o incitamento à prática da ação básica e mantenedora do universo: a prática do amor!
Mas, não se desesperem aqueles que vêm no Espiritismo apenas razão e ciência, e sentem a pressão da natural rejeição dessas instituições a afirmações irrefutáveis como as da mensagem. Em outros textos de Kardec sobejam justificativas também para os "espíritas científicos". E todos nós, uma vez convidados à prática do amor, vamos continuar nos considerando igualmente espíritas, sem exclusão.
Bem, tendo em vista a importância dada pelo fundador do Espiritismo (ou "codificador", como preferem muitos) a esta mensagem, atribuindo a ela o "verdadeiro caráter" da doutrina, sua exegese não se esgota aqui, e não poderia ser diferente.
De minha parte, fica aberta a temporada de comentários a respeito.
Aliás, estranho muito o generalizado desconhecimento ou desconsideração que o texto tem merecido dos espíritas.
que são as virtudes dos Céus,
qual imenso exército que se movimenta
ao receber as ordens do seu comando,
espalham-se por toda a superfície da Terra
e, semelhantes a estrelas que tombam,
vêm iluminar os caminhos
e abrir os olhos aos cegos.
Eu vos digo, em verdade,
que são chegados os tempos
em que todas as coisas
hão de ser restabelecidas
no seu verdadeiro sentido,
para dissipar as trevas,
confundir os orgulhosos
e glorificar os justos.
As grandes vozes do Céu
ressoam como sons de trombetas,
e os cânticos dos anjos se lhes associam.
Nós vos convidamos, a vós homens,
para o divino concerto.
Tomai da lira,
fazei uníssonas vossas vozes,
e que, num hino sagrado,
elas se estendam e repercutam
de um extremo a outro do Universo.
Homens, irmãos a quem amamos,
aqui estamos junto de vós.
Amai-vos, também, uns aos outros
e dizei do fundo do coração,
fazendo as vontades do Pai, que está no Céu:
"Senhor! Senhor!"...
e podereis entrar no reino dos Céus.
Esta belíssima e poética mensagem foi colocada por Kardec como prefácio de seu livro mais lido: "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Segundo ele, porque a mensagem, transmitida por via mediúnica, resume, ao mesmo tempo, o verdadeiro caráter do Espiritismo e o objetivo da obra.
Temos aí, portanto, resumido, o verdadeiro caráter do Espiritismo, segundo seu fundador.
O que é caráter? Os dicionários da língua portuguesa, assim como os dicionários filosóficos ou especializados, trazem várias acepções, tanto relativas às coisas como às pessoas. No tocante às idéias, poderíamos dizer que caráter é o conjunto de qualidades ou especificidades próprias de uma idéia e que a distingue das outras.
E a primeira qualidade notada neste texto é o seu estilo: poético e místico.
Está pleno de imagens e metáforas poéticas, como os sons de trombeta representando as vozes que trazem conhecimentos novos e inusitados; as liras que talvez sejam os discursos; e excelências abstratas como as virtudes não pertencendo mas em sinonímia com os espíritos do senhor, que para os espíritas são seres concretos. Além de cântico de anjos simbolizando o apoio e amparo de espíritos puros.
E apesar do convite ao arroubo místico - no qual diremos do fundo do coração "Senhor!Senhor!" -, parece concluir a mensagem que o principal caráter do Espiritismo é o incitamento à prática da ação básica e mantenedora do universo: a prática do amor!
Mas, não se desesperem aqueles que vêm no Espiritismo apenas razão e ciência, e sentem a pressão da natural rejeição dessas instituições a afirmações irrefutáveis como as da mensagem. Em outros textos de Kardec sobejam justificativas também para os "espíritas científicos". E todos nós, uma vez convidados à prática do amor, vamos continuar nos considerando igualmente espíritas, sem exclusão.
Bem, tendo em vista a importância dada pelo fundador do Espiritismo (ou "codificador", como preferem muitos) a esta mensagem, atribuindo a ela o "verdadeiro caráter" da doutrina, sua exegese não se esgota aqui, e não poderia ser diferente.
De minha parte, fica aberta a temporada de comentários a respeito.
Aliás, estranho muito o generalizado desconhecimento ou desconsideração que o texto tem merecido dos espíritas.
terça-feira, 28 de junho de 2011
MÉTODO DE LEITURA
Gostaria de sugerir aos leitores de blogs, entre os quais com prazer me incluo (refiro-me a todos os blogs, claro, não apenas a este aqui), que não se atenham apenas à leitura das postagens; mas, que leiam também os comentários que elas suscitam. Tais comentários enriquecem bastante as postagens, e, não raro, são mais ricos que elas próprias.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
INCRÍVEL A CREDULIDADE DOS ESPÍRITAS
Circula por aí uma suposta entrevista com o Chico Xavier. Teria sido dada lá pelos idos de 1986, e o cára esperou a morte do entrevistado para divulgar. Por quê? Nenhuma resposta seria provável ou refutável.
A suposta fala do Chico faz previsões com datas marcadas. Inconcebível.
Mas, o mais tragicômico é que alguns espíritas que se dizem científicos aproveitam para destilar seu venenozinho na memória do médium mineiro por conta das barbaridades contidas na conversa. Ninguém dá o benefício da dúvida a quem não está mais aqui prá se defender. E nem acha estranho uma mensagem levar tanto tempo assim prá ser divulgada, e acertar tantos fatos ocorridos entre a pretensa data e os dias de hoje. Aliás, as mentes incautas até acham que o restante das "previsões" têm chance de acontecer porque acertou naquilo que já passou.
Ninguém nota que, qualquer um que crie um absurdo destes, terá, claro, a história a seu favor para "acertar" a previsões passadas. Em grande parte, a mensagem é isto: uma "profecia do passado".
Em algo assim tão polêmico, o divulgador que apresente a gravação, ou a mensagem assinada, ou, cale-se para sempre.
Se bem que, não faltarão "médiuns" para receberem "comunicações" do Chico confirmando a autoria da entrevista; nem inocentes para acreditarem...
A suposta fala do Chico faz previsões com datas marcadas. Inconcebível.
Mas, o mais tragicômico é que alguns espíritas que se dizem científicos aproveitam para destilar seu venenozinho na memória do médium mineiro por conta das barbaridades contidas na conversa. Ninguém dá o benefício da dúvida a quem não está mais aqui prá se defender. E nem acha estranho uma mensagem levar tanto tempo assim prá ser divulgada, e acertar tantos fatos ocorridos entre a pretensa data e os dias de hoje. Aliás, as mentes incautas até acham que o restante das "previsões" têm chance de acontecer porque acertou naquilo que já passou.
Ninguém nota que, qualquer um que crie um absurdo destes, terá, claro, a história a seu favor para "acertar" a previsões passadas. Em grande parte, a mensagem é isto: uma "profecia do passado".
Em algo assim tão polêmico, o divulgador que apresente a gravação, ou a mensagem assinada, ou, cale-se para sempre.
Se bem que, não faltarão "médiuns" para receberem "comunicações" do Chico confirmando a autoria da entrevista; nem inocentes para acreditarem...
segunda-feira, 9 de maio de 2011
JUSTIÇA "ABENÇOA" COMPROMISSO HOMOAFETIVO
Na maioria das vezes eu me rendo à mania kardecista de pensar por tríades, por influência, tanto quanto Kardec, da bela literatura celta da qual ele era entusiasta. Assim, na construção da personalidade transitória que arrastamos pela existência (refiro-me a "personalidade transitória" como segmento da "individualidade permanente" que todos somos) eu vejo três grandes fatores resumindo todas as influências: a genética, o ambiente e, por falta, no momento, de palavra melhor, as reminicências. Este último fator seria a soma de todos os conhecimentos, experiências, aferições de experiências e as consequentes tendências que já somávamos naquele fatídico dia em que papai e mamãe resolveram transar e o capítulo atual começou. Procurando fugir de um quarto fator que demoliria a tríade, eu diria que esses três elementos são misturados no caldeirão da vida pela consciência (ainda que inconscientemente, entenda!); esta consciência nos conferiria a liberdade individual, o tal livre arbítrio, sem o qual seríamos marionetes nas mãos de forças cegas. Pois bem, parando com enrolação, o que eu pretendo mesmo dizer é que, independente da quantificação da contribuição de cada um desses fatores na determinação de nossa orientação sexual (e a favor de que essa discussão prossiga indefinidamente, pois só aumenta o conhecimento de nós mesmos), eu fico muito feliz com a decisão do STF (que mais uma vez agiu no vácuo deixado pela covardia dos legisladores, a quem competia a responsabilidade pela decisão) valorizando a liberdade das pessoas se juntarem e desjuntarem segundo suas próprias vontades e consciências.
Mas eu queria também, na oportunidade, lembrar o quanto o Chico Xavier e seus Espíritos foram proféticos nisso tudo, reproduzindo parte de um artigo que publiquei há algumas décadas nos murais espíritas.
"No século XIX, quando surgiu o Espiritismo, a homossexualidade não era uma questão em debate. Vivia-se ainda numa sociedade que reprimia o sexo e, portanto, o assunto não se apresentava na filosofia ou na ciência como um premente problema humano exigindo discussão. Por isso que não foi abordado exaustivamente por Kardec. Mesmo assim, no "Livro dos Espíritos", nas questões 200, 201 e 202, está escrito que o espírito não tem sexo, podendo reencarnar ora como homem, ora como mulher, conforme suas necessidades de progresso. Mais tarde, em 1866, na Revista Espírita de janeiro, no primeiro artigo, Kardec volta ao assunto explicando "certas anomalias aparentes" pela reencarnação do Espírito em sexo diferente depois de "percorrer uma série de existências no mesmo sexo, o que faz que, durante muito tempo, possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa". E reitera que "não existe diferença entre o homem e a mulher, senão no organismo material, ... porque não há duas espécies de almas".
"Já no século XX, podemos apresentar, na bibliografia espírita, opiniões mais definidas.
"André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, mostra-se bastante aberto e tolerante em relação ao assunto. No livro "Evolução em dois mundos", de 1958, Segunda parte, cap. XII, encontramos: "Quanto à perda dos característicos sexuais, ... ocorrerá expontaneamente, quando as almas humanas tiverem assimilado todas as experiências necessárias à própria sublimação, rumando, ... para a situação angélica, em que o indivíduo deterá todas as qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade..." E no livro "Sexo e destino", de 1963, cap. IX, podemos ler: "... que inúmeros espíritos reencarnam em condições inversivas, seja no domínio de lides expiatórias ou em obediência a tarefas específicas, ... homens e mulheres podem nascer homossexuais ou intersexos, ... que nos foros da Justiça Divina ... as personalidades humanas tachadas por anormais são consideradas tão carentes de proteção quanto as outras que desfrutam a existência garantidas pelas regalias da normalidade, segundo a opinião dos homens, observando-se que as faltas cometidas pelas pessoas de psiquismo julgado anormal são examinadas no mesmo critério aplicado às culpas de pessoas tidas por normais, notando-se ainda, que, em muitos casos, os desatinos das pessoas supostas normais são consideravelmente agravados, por menos justificáveis perante acomodações e primazias que usufruem, no clima estável da maioria ... e sobre preceitos e preconceitos vigente na Terra... os homens não podem efetivamente alterar, de chofre, as leis morais em que se regem, sob pena de precipitar a Humanidade na dissolução, ... no entanto, no mundo porvindouro os irmãos reencarnados, tanto em condições normais quanto em condições julgadas anormais, serão tratados em pé de igualdade, no mesmo nível de dignidade humana, reparando-se as injustiças assacadas, há séculos, ... porquanto a perseguição e a crueldade com que são batidos pela sociedade... lhes impedem ou dificultam a execução dos encargos que trazem à existência física, quando não fazem deles criaturas hipócritas, com necessidade de mentir..."
"Esse "mundo porvindouro", a que André Luiz se refere, é, sem dúvida, o nosso, uma vez que já se passaram 47 anos da publicação do livro e, hoje, vivemos num mundo onde o preconceito contra os homossexuais é encarado como uma anormalidade. As leis, cada vez mais, procuram garantir os direitos das minorias, permitindo que vivam suas vidas à sua maneira, sem os antigos prejuízos."
Mas eu queria também, na oportunidade, lembrar o quanto o Chico Xavier e seus Espíritos foram proféticos nisso tudo, reproduzindo parte de um artigo que publiquei há algumas décadas nos murais espíritas.
"No século XIX, quando surgiu o Espiritismo, a homossexualidade não era uma questão em debate. Vivia-se ainda numa sociedade que reprimia o sexo e, portanto, o assunto não se apresentava na filosofia ou na ciência como um premente problema humano exigindo discussão. Por isso que não foi abordado exaustivamente por Kardec. Mesmo assim, no "Livro dos Espíritos", nas questões 200, 201 e 202, está escrito que o espírito não tem sexo, podendo reencarnar ora como homem, ora como mulher, conforme suas necessidades de progresso. Mais tarde, em 1866, na Revista Espírita de janeiro, no primeiro artigo, Kardec volta ao assunto explicando "certas anomalias aparentes" pela reencarnação do Espírito em sexo diferente depois de "percorrer uma série de existências no mesmo sexo, o que faz que, durante muito tempo, possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa". E reitera que "não existe diferença entre o homem e a mulher, senão no organismo material, ... porque não há duas espécies de almas".
"Já no século XX, podemos apresentar, na bibliografia espírita, opiniões mais definidas.
"André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, mostra-se bastante aberto e tolerante em relação ao assunto. No livro "Evolução em dois mundos", de 1958, Segunda parte, cap. XII, encontramos: "Quanto à perda dos característicos sexuais, ... ocorrerá expontaneamente, quando as almas humanas tiverem assimilado todas as experiências necessárias à própria sublimação, rumando, ... para a situação angélica, em que o indivíduo deterá todas as qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade..." E no livro "Sexo e destino", de 1963, cap. IX, podemos ler: "... que inúmeros espíritos reencarnam em condições inversivas, seja no domínio de lides expiatórias ou em obediência a tarefas específicas, ... homens e mulheres podem nascer homossexuais ou intersexos, ... que nos foros da Justiça Divina ... as personalidades humanas tachadas por anormais são consideradas tão carentes de proteção quanto as outras que desfrutam a existência garantidas pelas regalias da normalidade, segundo a opinião dos homens, observando-se que as faltas cometidas pelas pessoas de psiquismo julgado anormal são examinadas no mesmo critério aplicado às culpas de pessoas tidas por normais, notando-se ainda, que, em muitos casos, os desatinos das pessoas supostas normais são consideravelmente agravados, por menos justificáveis perante acomodações e primazias que usufruem, no clima estável da maioria ... e sobre preceitos e preconceitos vigente na Terra... os homens não podem efetivamente alterar, de chofre, as leis morais em que se regem, sob pena de precipitar a Humanidade na dissolução, ... no entanto, no mundo porvindouro os irmãos reencarnados, tanto em condições normais quanto em condições julgadas anormais, serão tratados em pé de igualdade, no mesmo nível de dignidade humana, reparando-se as injustiças assacadas, há séculos, ... porquanto a perseguição e a crueldade com que são batidos pela sociedade... lhes impedem ou dificultam a execução dos encargos que trazem à existência física, quando não fazem deles criaturas hipócritas, com necessidade de mentir..."
"Esse "mundo porvindouro", a que André Luiz se refere, é, sem dúvida, o nosso, uma vez que já se passaram 47 anos da publicação do livro e, hoje, vivemos num mundo onde o preconceito contra os homossexuais é encarado como uma anormalidade. As leis, cada vez mais, procuram garantir os direitos das minorias, permitindo que vivam suas vidas à sua maneira, sem os antigos prejuízos."
sexta-feira, 6 de maio de 2011
DEUS E A CIÊNCIA
Quando Laplace expos ao Napoleão a formação do Sistema Solar, o Imperador perguntou-lhe onde Deus entrava nessa história. O cientista respondeu que não precisara dessa hipótese.
Estou lendo o valioso trabalho sobre Crookes, citado na postagem anterior; ainda não terminei, e voltarei mais vezes ao assunto. Mas, já me ocorreu uma associação com a historinha do Laplace. Crookes cercou-se de cuidados, tentou restringir-se a uma metodologia científica, é criticado até por não levar à sua comunidade científica todos os fenômenos observados selecionando apenas aqueles para os quais apresentava evidência. Pois bem, não conseguiu convencer seus pares nem mesmo da existência, da ocorrência dos fenômenos, quanto mais de suas possíveis causas. Os cientistas encarregados de aprovar a aceitação ou publicação dos artigos pela Royal Society, apesar do respeito que tinham pelo colega, recusaram-se mesmo a comparecer às suas sessões e observar de perto seus experimentos. E o mesmo ocorreu com outras agremiações científicas, e tem ocorrido até hoje nos centros de pesquisas do mundo todo: tal como Laplace não precisou da hipótese teísta, a ciência tem dispensado reiteradamente a hipótese espírita. Tem passado batido. E daí? Ela tem feito falta? Passaram-se duzentos anos da entrevista com Napoleão, mais de cem das recusas à observação do fenômeno psi, e, nesse tempo todo a ciência conseguiu realizações estupendas no campo das telecomunicações, dos transportes -- levando-nos a voar pela atmosfera, pela estratosfera e o cosmo --, no campo da medicina, do lazer, enfim, do micro e do macrocosmo e, sem levar em consideração a hipótese espírita.
Quem precisa da hipótese espírita é a religião. Esta sim, se extingue se não escorar-se na hipotese teísta, e pode resvalar para o esgotamento ou para o fanatismo se não levar em consideração a hipótese espírita.
Mais uma vez acredito na seleção natural das idéias referida em postagens anteriores. O espiritismo terá o seu lugar na ciência quando a ciência precisar da hipótese espírita. E o espiritismo deixará de ser religião apenas quando a religião desnecessitar da hipótese espírita, ou nós desnecessitarmos da religião.
Estou lendo o valioso trabalho sobre Crookes, citado na postagem anterior; ainda não terminei, e voltarei mais vezes ao assunto. Mas, já me ocorreu uma associação com a historinha do Laplace. Crookes cercou-se de cuidados, tentou restringir-se a uma metodologia científica, é criticado até por não levar à sua comunidade científica todos os fenômenos observados selecionando apenas aqueles para os quais apresentava evidência. Pois bem, não conseguiu convencer seus pares nem mesmo da existência, da ocorrência dos fenômenos, quanto mais de suas possíveis causas. Os cientistas encarregados de aprovar a aceitação ou publicação dos artigos pela Royal Society, apesar do respeito que tinham pelo colega, recusaram-se mesmo a comparecer às suas sessões e observar de perto seus experimentos. E o mesmo ocorreu com outras agremiações científicas, e tem ocorrido até hoje nos centros de pesquisas do mundo todo: tal como Laplace não precisou da hipótese teísta, a ciência tem dispensado reiteradamente a hipótese espírita. Tem passado batido. E daí? Ela tem feito falta? Passaram-se duzentos anos da entrevista com Napoleão, mais de cem das recusas à observação do fenômeno psi, e, nesse tempo todo a ciência conseguiu realizações estupendas no campo das telecomunicações, dos transportes -- levando-nos a voar pela atmosfera, pela estratosfera e o cosmo --, no campo da medicina, do lazer, enfim, do micro e do macrocosmo e, sem levar em consideração a hipótese espírita.
Quem precisa da hipótese espírita é a religião. Esta sim, se extingue se não escorar-se na hipotese teísta, e pode resvalar para o esgotamento ou para o fanatismo se não levar em consideração a hipótese espírita.
Mais uma vez acredito na seleção natural das idéias referida em postagens anteriores. O espiritismo terá o seu lugar na ciência quando a ciência precisar da hipótese espírita. E o espiritismo deixará de ser religião apenas quando a religião desnecessitar da hipótese espírita, ou nós desnecessitarmos da religião.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
A VERDADE SOBRE AS PESQUISAS DE WILLIAM CROOKES
Prova científica dos fenômenos espíritas?
Ou exemplo de como um cientista competente em uma área de estudos pode facilmente ser enganado em outra?
Tchan..tchan... tchan... !!
Posso não ficar sabendo tudo a respeito, mas vou dar um grande passo nesse sentido.
Vou começar a ler agora o livro "Estudando o Invisível: William Crookes e a nova força", de Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira, EDUC-PUC-SP.
Trata-se de uma tese universitária e o orientador, Roberto de Andrade Martins, no prefácio do livro, promete: "... a autora pesquisou e discutiu um grande volume de trabalhos da própria época investigada, assim como estudos históricos... em nosso país nunca foi publicado um estudo tão detalhado... Mergulhando em profundidade... no contexto da época, a pesquisadora procurou determinar se as investigações que o famoso químico desenvolveu... seguiam os padrões de cientificidade da época... esta obra representa também uma contribuição epistemológica, analisando a metodologia dessas pesquisas..."
Quem quiser ler também o livro, pode adquirí-lo através do e-mail vendas@livrariacortez.com.br (site www.livrariacortez.com.br), por míseros R$39,00, incluindo o frete.
Se não, espere minha resenha após a leitura. Mas, como são mais de quinhentas páginas... vai demorar...
Ou exemplo de como um cientista competente em uma área de estudos pode facilmente ser enganado em outra?
Tchan..tchan... tchan... !!
Posso não ficar sabendo tudo a respeito, mas vou dar um grande passo nesse sentido.
Vou começar a ler agora o livro "Estudando o Invisível: William Crookes e a nova força", de Juliana Mesquita Hidalgo Ferreira, EDUC-PUC-SP.
Trata-se de uma tese universitária e o orientador, Roberto de Andrade Martins, no prefácio do livro, promete: "... a autora pesquisou e discutiu um grande volume de trabalhos da própria época investigada, assim como estudos históricos... em nosso país nunca foi publicado um estudo tão detalhado... Mergulhando em profundidade... no contexto da época, a pesquisadora procurou determinar se as investigações que o famoso químico desenvolveu... seguiam os padrões de cientificidade da época... esta obra representa também uma contribuição epistemológica, analisando a metodologia dessas pesquisas..."
Quem quiser ler também o livro, pode adquirí-lo através do e-mail vendas@livrariacortez.com.br (site www.livrariacortez.com.br), por míseros R$39,00, incluindo o frete.
Se não, espere minha resenha após a leitura. Mas, como são mais de quinhentas páginas... vai demorar...
quarta-feira, 20 de abril de 2011
QUESTÕES DE FÉ
O esboço de metodologia de trabalho apresentado nas postagens anteriores é, na verdade, um desafio para os que pretendem um espiritismo científico. Um desafio para que paremos com acusações recíprocas de falta de cientificismo ou excesso de pieguismo e façamos realmente alguma coisa parecida com ciência. Isto é, aos que têm vontade. Porque, na forma como anda a carruagem, todos os espiritismo se equivalem: o kardecista, o roustainguista, o ramatista, e quejandos... todos são questões de crença e de fé. "Mas até o de Kardec?" perguntarão. Sim, ouso responder. Nenhum é científico. Podem até ter tido uma aparência científica em sua época; porém, tanto o conceito de ciência, como sua metodologia envoluíram de lá prá cá, e continuarão a evoluir sempre.
Que me perdoe nosso grande mestre Allan Kardec, mas apesar das valiosas obras de sabedoria religiosa que ele nos legou, as reuniões da sociedade espírita de Paris não resistiriam aos rigores científicos atuais. Vejamos um exemplo de atitude "científica" deles.
Discutiam a mediunidade nos animais; depois de ouvir uma série de opiniões (sim, opiniões!), foram perguntar a um espírito!
"A questão da mediunidade dos animais -- escreve Kardec no LM-236 -- se encontra completamente resolvida (sic) na dissertação seguinte, dada por um Espírito de quem já pudemos apreciar a profundeza e a inteligência em outras citações que já tivemos a oportunidade de fazer".
E segue a comunicação do Espirito Erasto, dada na tal reunião. Depois de fazer uma série de arrazoados pré-darwinianos da superioridade do homem sobre o animal e insinuar uma criação à parte de nossos espíritos, lá pelas tantas, o Espírito sai com esta:
"O senhor T..., conforme disse, magnetizou seu cão; o que aconteceu?
Ele o matou; o infeliz animal morreu após ter caído numa espécie de atonia,de languidez, conseqüência de sua magnetização. De fato, ao inundá-lo
de um fluido tirado de uma essência superior à essência especial de sua
natureza de cão, esse fluido o esmagou e agiu sobre ele, ainda que
lentamente, com a potência de um raio. Portanto, como não há nenhuma
assimilação possível entre nosso perispírito e o envoltório fluídico dos
animais propriamente ditos, nós os esmagaríamos instantaneamente se
os mediunizássemos".
Eu não acredito nessa história de que o sujeito magnetizou o cão e este morreu; esse senhor T. mais parece um "Gardenón" papudo. Em nossos dias, isto equivaleria a matar cachorro a passe! Na certa morreu de outra coisa. Se fosse uma sociedade científica teria feito experiências com protocolos, controles, relatórios, reprodução do fenômeno, etc. E não, simplesmente, perguntado a um espírito para esgotar o assunto.
Mas, o pior de tudo, o que descaracteriza completamente o Espiritismo Kardecista como ciência, é que até hoje, século e meio depois, quando discutem o assunto de mediunidade nos animais entre espíritas vão tirar a dúvida na "Codificação"; nesse texto! Como qualquer crente vai na Biblia. A nenhum espírita ocorre fazer experiências. Verificar controladamente em laboratórios, ou nos centros espíritas, ou mesmo em suas casas, quais seriam as possibilidades, reações ou consequencias de passe nos animais. E os que falam em "atualizar o Espiritismo", pensariam em consultar novos espíritos, de mortos mais recentes, sobre a dúvida.
Ora, imaginem o método de Kardec se estendendo para os diversos ramos da ciência. Querem saber sobre buracos negros? Nada de ler as teorizações e pesquisas do Mourão, logo superadas pelas do Hawking, logo superadas por outro John ou João qualquer. Nada disso. Vamos evocar o Galileu ou o Einstein e perguntar para um deles o que é esse tal de buraco negro e, nas palavras de Kardec, "resolver completamente a questão".
Por isso, repito, a Codificação, os Quatro Evangelhos de Roustaing, os livros do Ramatis, do André Luiz, do Armond, todos se equivalem: transitam em crenças; baseiam-se no princípio da autoridade, não da experimentação. Cada um é livre de acreditar em qualquer deles ou em todos. Arvorar-se em "purista doutrinário" para atacar qualquer um deles é atitude religiosa, talibânica até.
Que me perdoe nosso grande mestre Allan Kardec, mas apesar das valiosas obras de sabedoria religiosa que ele nos legou, as reuniões da sociedade espírita de Paris não resistiriam aos rigores científicos atuais. Vejamos um exemplo de atitude "científica" deles.
Discutiam a mediunidade nos animais; depois de ouvir uma série de opiniões (sim, opiniões!), foram perguntar a um espírito!
"A questão da mediunidade dos animais -- escreve Kardec no LM-236 -- se encontra completamente resolvida (sic) na dissertação seguinte, dada por um Espírito de quem já pudemos apreciar a profundeza e a inteligência em outras citações que já tivemos a oportunidade de fazer".
E segue a comunicação do Espirito Erasto, dada na tal reunião. Depois de fazer uma série de arrazoados pré-darwinianos da superioridade do homem sobre o animal e insinuar uma criação à parte de nossos espíritos, lá pelas tantas, o Espírito sai com esta:
"O senhor T..., conforme disse, magnetizou seu cão; o que aconteceu?
Ele o matou; o infeliz animal morreu após ter caído numa espécie de atonia,de languidez, conseqüência de sua magnetização. De fato, ao inundá-lo
de um fluido tirado de uma essência superior à essência especial de sua
natureza de cão, esse fluido o esmagou e agiu sobre ele, ainda que
lentamente, com a potência de um raio. Portanto, como não há nenhuma
assimilação possível entre nosso perispírito e o envoltório fluídico dos
animais propriamente ditos, nós os esmagaríamos instantaneamente se
os mediunizássemos".
Eu não acredito nessa história de que o sujeito magnetizou o cão e este morreu; esse senhor T. mais parece um "Gardenón" papudo. Em nossos dias, isto equivaleria a matar cachorro a passe! Na certa morreu de outra coisa. Se fosse uma sociedade científica teria feito experiências com protocolos, controles, relatórios, reprodução do fenômeno, etc. E não, simplesmente, perguntado a um espírito para esgotar o assunto.
Mas, o pior de tudo, o que descaracteriza completamente o Espiritismo Kardecista como ciência, é que até hoje, século e meio depois, quando discutem o assunto de mediunidade nos animais entre espíritas vão tirar a dúvida na "Codificação"; nesse texto! Como qualquer crente vai na Biblia. A nenhum espírita ocorre fazer experiências. Verificar controladamente em laboratórios, ou nos centros espíritas, ou mesmo em suas casas, quais seriam as possibilidades, reações ou consequencias de passe nos animais. E os que falam em "atualizar o Espiritismo", pensariam em consultar novos espíritos, de mortos mais recentes, sobre a dúvida.
Ora, imaginem o método de Kardec se estendendo para os diversos ramos da ciência. Querem saber sobre buracos negros? Nada de ler as teorizações e pesquisas do Mourão, logo superadas pelas do Hawking, logo superadas por outro John ou João qualquer. Nada disso. Vamos evocar o Galileu ou o Einstein e perguntar para um deles o que é esse tal de buraco negro e, nas palavras de Kardec, "resolver completamente a questão".
Por isso, repito, a Codificação, os Quatro Evangelhos de Roustaing, os livros do Ramatis, do André Luiz, do Armond, todos se equivalem: transitam em crenças; baseiam-se no princípio da autoridade, não da experimentação. Cada um é livre de acreditar em qualquer deles ou em todos. Arvorar-se em "purista doutrinário" para atacar qualquer um deles é atitude religiosa, talibânica até.
terça-feira, 12 de abril de 2011
DO MÉTODO - III
A ABORDAGEM
O objeto da Ciência Espírita é o Espírito. E o Espírito, como individualidade independente e sobrevivente ao corpo ainda não foi encontrado pela Ciência. Os espíritas, sem sua maioria, são teóricos. E, dentre esses teóricos, alguns conhecem o Espírito apenas pela "Codificação" Kardequiana; outros, um pouco mais atualizados, o conhecem também pelos relatos envelhecidos de pesquisas realizadas por diversos sábios no final do distante século XIX, e no começo do não menos distante século XX. Os esforços para tentar convencer a ciência moderna da existência do Espírito servindo-se da "Codificação" equivalem a esforços para que subordinassem suas teorias e pesquisas à Bíblia ou ao Alcorão. E a insistência em pesquisas metapsíquicas que não foram totalmente aceitas nem no seu próprio tempo soa ridícula. Assim, o principal trabalho da Ciência Espírita continua sendo, ainda, a comprovação da existência do seu objeto: o Espírito.
E o principal instrumento para a verificação da existência do Espírito, bem como o estudo de suas relações com os homens, sua origem, natureza e destino, é a mediunidade.
A partir daí, os candidatos a "cientistas espíritas" deveriam desenvolver um método, aplicável em qualquer lugar, que identificasse e desenvolvesse potenciais médiuns, matéria prima de pesquisas posteriores. Uma espécie de COEM, só que liberado de suas atribuições moralizadoras, evangélicas ou religiosas. Estabeleceriam protocolos que permitissem definir com um razoável grau de certeza os limites entre o fenômeno mediúnico propriamente dito e as manifestações do inconsciente do médium, também conhecidas como "fenômenos anímicos". Também poderiam chegar a parâmetros que permitissem com suficiente segurança a identificação dos espíritos comunicantes.
Uma outra vertente da metodologia de pesquisa da Ciência Espírita seria orientada para a comprovação ou não da reencarnação. Aqui, para não ficarem à mercê do aparecimento natural de "casos sugestivos de reencarnação", que ofereceriam uma pesquisa pouco mais que jornalística, os candidatos a "cientistas espíritas" poderiam utilizar da hipnose, ou do simples relaxamento, para provocarem regressão de memória que gerasse dados que pudessem ser tabulados e conferidos. É evidente que as regressões pitorescas, que levassem aos napoleões ou akenatões seriam desprezadas, em prol daquelas que remetessem a vidas triviais, passíveis, porém, de comprovação ou refutação. Outros recursos, tais como a datiloscopia (Fiorini) ou a grafologia, seriam também agregados.
O objeto da Ciência Espírita é o Espírito. E o Espírito, como individualidade independente e sobrevivente ao corpo ainda não foi encontrado pela Ciência. Os espíritas, sem sua maioria, são teóricos. E, dentre esses teóricos, alguns conhecem o Espírito apenas pela "Codificação" Kardequiana; outros, um pouco mais atualizados, o conhecem também pelos relatos envelhecidos de pesquisas realizadas por diversos sábios no final do distante século XIX, e no começo do não menos distante século XX. Os esforços para tentar convencer a ciência moderna da existência do Espírito servindo-se da "Codificação" equivalem a esforços para que subordinassem suas teorias e pesquisas à Bíblia ou ao Alcorão. E a insistência em pesquisas metapsíquicas que não foram totalmente aceitas nem no seu próprio tempo soa ridícula. Assim, o principal trabalho da Ciência Espírita continua sendo, ainda, a comprovação da existência do seu objeto: o Espírito.
E o principal instrumento para a verificação da existência do Espírito, bem como o estudo de suas relações com os homens, sua origem, natureza e destino, é a mediunidade.
A partir daí, os candidatos a "cientistas espíritas" deveriam desenvolver um método, aplicável em qualquer lugar, que identificasse e desenvolvesse potenciais médiuns, matéria prima de pesquisas posteriores. Uma espécie de COEM, só que liberado de suas atribuições moralizadoras, evangélicas ou religiosas. Estabeleceriam protocolos que permitissem definir com um razoável grau de certeza os limites entre o fenômeno mediúnico propriamente dito e as manifestações do inconsciente do médium, também conhecidas como "fenômenos anímicos". Também poderiam chegar a parâmetros que permitissem com suficiente segurança a identificação dos espíritos comunicantes.
Uma outra vertente da metodologia de pesquisa da Ciência Espírita seria orientada para a comprovação ou não da reencarnação. Aqui, para não ficarem à mercê do aparecimento natural de "casos sugestivos de reencarnação", que ofereceriam uma pesquisa pouco mais que jornalística, os candidatos a "cientistas espíritas" poderiam utilizar da hipnose, ou do simples relaxamento, para provocarem regressão de memória que gerasse dados que pudessem ser tabulados e conferidos. É evidente que as regressões pitorescas, que levassem aos napoleões ou akenatões seriam desprezadas, em prol daquelas que remetessem a vidas triviais, passíveis, porém, de comprovação ou refutação. Outros recursos, tais como a datiloscopia (Fiorini) ou a grafologia, seriam também agregados.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
DO MÉTODO - II
DO OBJETO
O objeto de uma Ciência da Alma seria, evidentemente, a Alma. Ou, mudando apenas as palavras: o objeto do Espiritismo, como ciência, é, evidentemente o Espírito.
Reitero, como ciência. Pois o Espiritismo como religião tem o direito de meter-se em tudo. Não é essa a característica da religião: o meter-se em tudo e em todos os assuntos? A vocação para a totalidade? É bem verdade que a ciência também deve vocacionar-se para a totalidade. Como se chama esse negócio mesmo? Ah, o holismo. Mas, há uma diferença. É permitido à religião que cada fé ou cada guru, porque não dizer também cada adepto, tenha direito à sua própria e particular mundividência. E as provas são, também, particulares, subjetivas: a teofania, a revelação, a intuição, a tradição. Da ciência já se exige um esforço permanente de percepção da realidade como ela é; de objetivação de observações e provas dessa percepção; de tentativa de negação mesmo das provas apresentadas. Daí a tendência a restringir esses esforços a objetos específicos, de forma a poder abordá-los em sua totalidade; cabendo aos cientistas, de per si, desenvolverem suas visões de conjunto ou suas mundividências. E quando houver necessidade do desenvolvimento de uma visão de conjunto pela Ciência, essa deverá ser em forma de uma teoria racional, cujas partes, por sua vez, resistam à experiência.
Portanto, o objeto do Espiritismo como ciência é o Espírito; e podemos detalhar com Kardec: sua natureza, sua origem, seu destino e, claro, suas relações com o mundo corporal.
É claro que em seu desenvolvimento essa ciência terá imbricações não só com a religião, como também com todas as demais ciências: aquelas que estudam a natureza (física, química, geologia, etc.), aquelas que estudam o homem (antropologia, psicologia, etc.), as que estudam a sociedade, a moral, as leis. Além das imbricações, ninguém resistirá à tentação de projetar o que se vier a conhecer sobre o objeto dessa ciência na compreensão de pontos das demais ciências, assim como na compreensão das consequencias morais e comportamentais desse conhecimento.
Estão vendo a dificuldade? Parece que Kardec iniciou uma ciência que deriva irresistivelmente para a filosofia e para a religião; e, que estas duas vivem ameaçando de absorvê-lo totalmente.
Mas, voltemos ao objeto -- o Espírito --; e tentemos um método realmente racional e experimental de abordagem.
O objeto de uma Ciência da Alma seria, evidentemente, a Alma. Ou, mudando apenas as palavras: o objeto do Espiritismo, como ciência, é, evidentemente o Espírito.
Reitero, como ciência. Pois o Espiritismo como religião tem o direito de meter-se em tudo. Não é essa a característica da religião: o meter-se em tudo e em todos os assuntos? A vocação para a totalidade? É bem verdade que a ciência também deve vocacionar-se para a totalidade. Como se chama esse negócio mesmo? Ah, o holismo. Mas, há uma diferença. É permitido à religião que cada fé ou cada guru, porque não dizer também cada adepto, tenha direito à sua própria e particular mundividência. E as provas são, também, particulares, subjetivas: a teofania, a revelação, a intuição, a tradição. Da ciência já se exige um esforço permanente de percepção da realidade como ela é; de objetivação de observações e provas dessa percepção; de tentativa de negação mesmo das provas apresentadas. Daí a tendência a restringir esses esforços a objetos específicos, de forma a poder abordá-los em sua totalidade; cabendo aos cientistas, de per si, desenvolverem suas visões de conjunto ou suas mundividências. E quando houver necessidade do desenvolvimento de uma visão de conjunto pela Ciência, essa deverá ser em forma de uma teoria racional, cujas partes, por sua vez, resistam à experiência.
Portanto, o objeto do Espiritismo como ciência é o Espírito; e podemos detalhar com Kardec: sua natureza, sua origem, seu destino e, claro, suas relações com o mundo corporal.
É claro que em seu desenvolvimento essa ciência terá imbricações não só com a religião, como também com todas as demais ciências: aquelas que estudam a natureza (física, química, geologia, etc.), aquelas que estudam o homem (antropologia, psicologia, etc.), as que estudam a sociedade, a moral, as leis. Além das imbricações, ninguém resistirá à tentação de projetar o que se vier a conhecer sobre o objeto dessa ciência na compreensão de pontos das demais ciências, assim como na compreensão das consequencias morais e comportamentais desse conhecimento.
Estão vendo a dificuldade? Parece que Kardec iniciou uma ciência que deriva irresistivelmente para a filosofia e para a religião; e, que estas duas vivem ameaçando de absorvê-lo totalmente.
Mas, voltemos ao objeto -- o Espírito --; e tentemos um método realmente racional e experimental de abordagem.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
DO MÉTODO - I
DA NATUREZA DO CUEE
O Controle Universal do Ensino dos Espíritos é um método religioso para a formação de uma doutrina; no caso, a doutrina espírita. Por que religioso? Porque se tratará sempre do controle do ensino de sábios; e, não, do controle do conhecimento (ou da pesquisa que gera o conhecimento); caso em que ele seria científico.
Se um princípio novo, se uma teoria inédita, fosse anunciada por um espírito qualquer, através de um médium qualquer, não seria na concordância com a comunicação de outros espíritos, através de outros médiuns -- fossem milhões e não só os mil do Kardec --, que um cientista buscaria a garantia ou a comprovação. Um cientista buscaria comprovação na experimentação. Realizaria experiências e observações na tentativa de afirmar ou negar o princípio ou a teoria apresentada. Só um religioso buscaria cotejar com outros ensinos. Um religioso sim, em recebendo um ensinamento, uma revelação, de um suposto sábio, poderá procurar outros supostos sábios para, respeitosamente, confirmar ou negar o ensino. Isto não é atitude científica; é comportamento de aprendiz, de discípulo, não de cientista.
Portanto, repito, o CUEE serve exclusivamente a propósitos religiosos, de formação doutrinária. Como foi Kardec que criou tal método, e como ele afirma tê-lo empregado na elaboração da doutrina, ou, como preferem alguns, na "Codificação", fica mais uma vez comprovado que o Espiritismo Kardecista é uma religião.
Os que pretendem consolidar uma Ciência Espírita, ainda que seja sob o nome de Ciência da Alma -- como proposto desde Bozzano até Regis --, devem elaborar outro método, de escopo e fôlego realmente científicos.
Mas, antes, devem identificar o objeto dessa ciência.
Será Deus, a natureza, a moral, o espírito, a mediunidade?
Tudo ao mesmo tempo não pode ser. Se não, deixa de ser uma ciência, prá se tornar uma enciclopédia.
Mas, isso é assunto prá outra postagem...
O Controle Universal do Ensino dos Espíritos é um método religioso para a formação de uma doutrina; no caso, a doutrina espírita. Por que religioso? Porque se tratará sempre do controle do ensino de sábios; e, não, do controle do conhecimento (ou da pesquisa que gera o conhecimento); caso em que ele seria científico.
Se um princípio novo, se uma teoria inédita, fosse anunciada por um espírito qualquer, através de um médium qualquer, não seria na concordância com a comunicação de outros espíritos, através de outros médiuns -- fossem milhões e não só os mil do Kardec --, que um cientista buscaria a garantia ou a comprovação. Um cientista buscaria comprovação na experimentação. Realizaria experiências e observações na tentativa de afirmar ou negar o princípio ou a teoria apresentada. Só um religioso buscaria cotejar com outros ensinos. Um religioso sim, em recebendo um ensinamento, uma revelação, de um suposto sábio, poderá procurar outros supostos sábios para, respeitosamente, confirmar ou negar o ensino. Isto não é atitude científica; é comportamento de aprendiz, de discípulo, não de cientista.
Portanto, repito, o CUEE serve exclusivamente a propósitos religiosos, de formação doutrinária. Como foi Kardec que criou tal método, e como ele afirma tê-lo empregado na elaboração da doutrina, ou, como preferem alguns, na "Codificação", fica mais uma vez comprovado que o Espiritismo Kardecista é uma religião.
Os que pretendem consolidar uma Ciência Espírita, ainda que seja sob o nome de Ciência da Alma -- como proposto desde Bozzano até Regis --, devem elaborar outro método, de escopo e fôlego realmente científicos.
Mas, antes, devem identificar o objeto dessa ciência.
Será Deus, a natureza, a moral, o espírito, a mediunidade?
Tudo ao mesmo tempo não pode ser. Se não, deixa de ser uma ciência, prá se tornar uma enciclopédia.
Mas, isso é assunto prá outra postagem...
quarta-feira, 6 de abril de 2011
INCORPORAÇAO
Assim como "kardecismo", que já provamos exaustivamente que existiu, existe e existirá sempre, a palavra "incorporação" provoca surtos de ira em certos espíritas, que, ao ouvi-la, apressam-se a dizer irritados que "isto não existe!" E acionam um botão qualquer de suas mentes programadas iniciando a repetição da cantinela decorada de que "o espírito não substitui completamente o médium em seu corpo na comunicação". Ora, e quem lhes disse que as pessoas que se servem descontraidamente do termo "incorporação" crêem em tal asneira? Parece que certas pessoas não pensam por conta própria: apenas repetem o que lhes foi "incorporado".
É claro que existe incorporação. Até entre vivos, digo, entre encarnados. Pois diariamente não existem pessoas "incorporando" idéias, conceitos, aspirações, do outro? E não é o que acontece na comunicação mediúnica: o médium "incorpora" tudo isso do espírito comunicante?
Certamente dirão: sim, mas atente para a regência. Você diz que "alguém incorporou algo de alguém", enquanto que os espíritas incautos (na visão deles) dizem que "alguém incorporou alguém". Sacou? o que eles dizem é que "fulano incorporou o Bezerra"; e, não, "fulano incorporou isso e aquilo do Bezerra".
Pois eu continuo dizendo que está certíssimo dizer-se que "fulano incorporou o Bezerra"!
Senão vejamos. Vamos para aquela final do programa Pinga-Fogo. O Castro Alves estava zanzando por ali, mas ninguém o via. Nossos olhos e ouvidos, tais como as câmaras televisivas que ali estavam, foram criados para verem e ouvirem corpos; os tais que ocupam lugar no espaço. O poeta não tinha um corpo, ao menos igual ao nosso, portanto, não era visto nem ouvido. Daí, ele se comunicou pelo Chico. O que nós víamos, ouvíamos e as câmaras captavam? O corpo do Chico! Ninguém via o Castro Alves; via apenas o Chico, o corpo do Chico. Então o que havia: nós só víamos e gravávamos o Castro Alves pelo corpo do Chico; Chico, portanto, "incorporava" o Castro Alves, tornando-o detetável.
Por que desprezar uma palavra tão redondinha, que transporta tanto em tão pouco, senão por um preconceito ou pela crença estúpida de que o outro é um ignorante que está pensando o que na verdade nós estamos pensando? E, em seu lugar, ter que usar um monte de expressões extensas como "fulano está transmitindo uma comunicação do Bezerra", ou horríveis como "está dando passagem"?
Ora, "fulano incorporou o Bezerra"... e pronto!
É claro que existe incorporação. Até entre vivos, digo, entre encarnados. Pois diariamente não existem pessoas "incorporando" idéias, conceitos, aspirações, do outro? E não é o que acontece na comunicação mediúnica: o médium "incorpora" tudo isso do espírito comunicante?
Certamente dirão: sim, mas atente para a regência. Você diz que "alguém incorporou algo de alguém", enquanto que os espíritas incautos (na visão deles) dizem que "alguém incorporou alguém". Sacou? o que eles dizem é que "fulano incorporou o Bezerra"; e, não, "fulano incorporou isso e aquilo do Bezerra".
Pois eu continuo dizendo que está certíssimo dizer-se que "fulano incorporou o Bezerra"!
Senão vejamos. Vamos para aquela final do programa Pinga-Fogo. O Castro Alves estava zanzando por ali, mas ninguém o via. Nossos olhos e ouvidos, tais como as câmaras televisivas que ali estavam, foram criados para verem e ouvirem corpos; os tais que ocupam lugar no espaço. O poeta não tinha um corpo, ao menos igual ao nosso, portanto, não era visto nem ouvido. Daí, ele se comunicou pelo Chico. O que nós víamos, ouvíamos e as câmaras captavam? O corpo do Chico! Ninguém via o Castro Alves; via apenas o Chico, o corpo do Chico. Então o que havia: nós só víamos e gravávamos o Castro Alves pelo corpo do Chico; Chico, portanto, "incorporava" o Castro Alves, tornando-o detetável.
Por que desprezar uma palavra tão redondinha, que transporta tanto em tão pouco, senão por um preconceito ou pela crença estúpida de que o outro é um ignorante que está pensando o que na verdade nós estamos pensando? E, em seu lugar, ter que usar um monte de expressões extensas como "fulano está transmitindo uma comunicação do Bezerra", ou horríveis como "está dando passagem"?
Ora, "fulano incorporou o Bezerra"... e pronto!
terça-feira, 5 de abril de 2011
É POSSÍVEL CRITICAR O CUEE?
No surgimento do Espiritismo, ou seja, na publicação do primeiro Livro dos Espíritos, em 1857, o método que Kardec consagraria como Controle Universal do Ensino dos Espíritos não foi aplicado. Kardec recebeu de Vitorien Sardou cinquenta cadernos de anotações do diálogo com os espíritos mantido através da médiunidade de duas jovens. Organizou-os de acordo com seus próprios critérios, e complementou-os com perguntas endereçadas aos Espíritos através da mediunidade dessas mesmas jovens e mais uma outra. A partir dessa publicação surgiu propriamente um movimento espírita. Diversos grupos mediúnicos que já existiam, e outros que se formaram motivados pela publicação do livro, passaram a funcionar em contato e buscando sintonia com o grupo de Paris, liderado por Kardec; principalmente após a criação, em janeiro de 1858, da Revista Espírita. A correspondência que ele passou a manter com esses grupos (a certa altura, "mais de mil", segundo ele mesmo) permitiram-lhe encetar um "controle universal" das mensagens que subisidiariam, a partir de então, não só a edição definitiva do Livro dos Espíritos, como também as demais obras que ele publicou, e que têm sido consideradas fundamentais para a construção da doutrina espírita.
Não sobraram anotações ou quaisquer outros elementos históricos que nos permitam compreender exatamente como ele exercia esse "controle universal". Mas, sempre, era ele quem o exercia. O próprio método científico, elaborado ao longo de séculos por inúmeras mentes, é considerado, em última e sincera análise, uma manifestação de subjetividade. Trata-se de um critério estabelecido pelo sujeito para compreender o objeto. Portanto, um objeto que extrapole tais critérios não será detetado pelo método, ou o será de forma deturpada. Imagine-se, então, um método elaborado e aplicado por um único sujeito. Sim, porque os demais apenas o alimentavam de informações, no caso, os ensinamentos dos Espíritos. Daí a necessidade de uma crítica isenta de paixões e fanatismos ao "controle universal do ensino dos espíritos" que teria subsidiado a "Codificação".
Não sobraram anotações ou quaisquer outros elementos históricos que nos permitam compreender exatamente como ele exercia esse "controle universal". Mas, sempre, era ele quem o exercia. O próprio método científico, elaborado ao longo de séculos por inúmeras mentes, é considerado, em última e sincera análise, uma manifestação de subjetividade. Trata-se de um critério estabelecido pelo sujeito para compreender o objeto. Portanto, um objeto que extrapole tais critérios não será detetado pelo método, ou o será de forma deturpada. Imagine-se, então, um método elaborado e aplicado por um único sujeito. Sim, porque os demais apenas o alimentavam de informações, no caso, os ensinamentos dos Espíritos. Daí a necessidade de uma crítica isenta de paixões e fanatismos ao "controle universal do ensino dos espíritos" que teria subsidiado a "Codificação".
quarta-feira, 9 de março de 2011
"ORA, DIREIS, OUVIR ESTRELAS?"
A astronomia estuda os astros.
A astrologia ouve e acata os astros.
Para a primeira, os astros são testemunhas.
Para a segunda, os astros são mestres.
Graças aos tempos a liberdade que tenho
de ser astrônomo ou astrólogo.
A astrologia ouve e acata os astros.
Para a primeira, os astros são testemunhas.
Para a segunda, os astros são mestres.
Graças aos tempos a liberdade que tenho
de ser astrônomo ou astrólogo.
terça-feira, 8 de março de 2011
CIÊNCIA E RELIGIÃO
Ciência e religião, ambas erram, claro.
Mas, as pretensões são diferentes.
A religião pretende ser imóvel.
Seu conhecimento é fruto de uma revelação dada.
Seus esforços são sempre para confirmar a revelação.
A ciência pretende ser móvel.
Seu conhecimento é fruto da descrença, da dúvida e da incerteza.
Seus esforços sempre colocam em xeque a revelação.
Mas, as pretensões são diferentes.
A religião pretende ser imóvel.
Seu conhecimento é fruto de uma revelação dada.
Seus esforços são sempre para confirmar a revelação.
A ciência pretende ser móvel.
Seu conhecimento é fruto da descrença, da dúvida e da incerteza.
Seus esforços sempre colocam em xeque a revelação.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
MAIS HUMILDADE
O que talvez pretendesse Flammarion - e é o que eu peço hoje aos meus confrades espíritas -, seria mais humildade ante os que duvidam. Não sejamos tão donos da verdade em nossas afirmações, nem tão intolerantes com as críticas a Kardec e sua pretensa autoridade da doutrina espírita baseada numa universalidade que não resiste a uma análise racional e imparcial.
Eu, por exemplo, sou espírita porque creio, não porque tenha certeza. Digo e repito que o Espiritismo é minha verdade provisória.
Kardec direcionou o espiritismo para uma religião (ou, ao menos, para uma “moral”, como exigem alguns), talvez porque tivesse consciência da fraqueza de nossas provas. Os fatos espíritas podem ser reproduzidos sob teorias ou técnicas que o negam. Apesar do Quevedo não ser um cientista e, sim, um religioso que usa a ciência para provar sua tese de que os milagres acontecem (“aconteciam dentre os judeus até o advento do Cristo; aconteciam dentre os cristãos até o advento do protestantismo; e, a partir de então, só acontecem no meio católico” – risível, não?), não podemos negar que ele reproduz quase todos os fenômenos espíritas servindo-se da mágica e da sugestão. A quase totalidade dos fatos espíritas são explicados também por outras teorias, incluindo as que tratam dos desvios e complexos inconscientes consequentes do processo de estruturação da personalidade. Como concluía Flammarion, não temos meios de comprovar cabalmente a identidade dos espíritos comunicantes. O fenômeno mais estonteante, capaz realmente de abalar as estruturas de certas teorias, é o fato Chico Xavier. Ninguém como ele reproduziu tantos estilos diferentes, produziu tantos livros, deu, enfim, tantas indicações precisas para um pesquisador atento. Foi um fenômeno sem precedente; sem reprodução na história; portanto, convenhamos, de difícil avaliação; o que ele torna evidente para nós, que cremos, é passível de outras interpretações por outros.
Seria ideal que grupos capazes investissem mais na comprovação da comunicação e da reencarnação e no aperfeiçoamento de métodos para identificação de espíritos.
Enquanto isso, nós todos, que cremos, continuemos buscando nossas experiências pessoais na exteriorização de nossa mente, na visão espiritual e no contato com os espíritos, através da leitura do Livro dos Médiuns (e demais literatura especcífica) e de exercícios programados, bem como, continuemos nos esforçando para a aplicação moral dos conhecimentos acumulados e na ampliação de nossa mundividência espírita.
Eu, por exemplo, sou espírita porque creio, não porque tenha certeza. Digo e repito que o Espiritismo é minha verdade provisória.
Kardec direcionou o espiritismo para uma religião (ou, ao menos, para uma “moral”, como exigem alguns), talvez porque tivesse consciência da fraqueza de nossas provas. Os fatos espíritas podem ser reproduzidos sob teorias ou técnicas que o negam. Apesar do Quevedo não ser um cientista e, sim, um religioso que usa a ciência para provar sua tese de que os milagres acontecem (“aconteciam dentre os judeus até o advento do Cristo; aconteciam dentre os cristãos até o advento do protestantismo; e, a partir de então, só acontecem no meio católico” – risível, não?), não podemos negar que ele reproduz quase todos os fenômenos espíritas servindo-se da mágica e da sugestão. A quase totalidade dos fatos espíritas são explicados também por outras teorias, incluindo as que tratam dos desvios e complexos inconscientes consequentes do processo de estruturação da personalidade. Como concluía Flammarion, não temos meios de comprovar cabalmente a identidade dos espíritos comunicantes. O fenômeno mais estonteante, capaz realmente de abalar as estruturas de certas teorias, é o fato Chico Xavier. Ninguém como ele reproduziu tantos estilos diferentes, produziu tantos livros, deu, enfim, tantas indicações precisas para um pesquisador atento. Foi um fenômeno sem precedente; sem reprodução na história; portanto, convenhamos, de difícil avaliação; o que ele torna evidente para nós, que cremos, é passível de outras interpretações por outros.
Seria ideal que grupos capazes investissem mais na comprovação da comunicação e da reencarnação e no aperfeiçoamento de métodos para identificação de espíritos.
Enquanto isso, nós todos, que cremos, continuemos buscando nossas experiências pessoais na exteriorização de nossa mente, na visão espiritual e no contato com os espíritos, através da leitura do Livro dos Médiuns (e demais literatura especcífica) e de exercícios programados, bem como, continuemos nos esforçando para a aplicação moral dos conhecimentos acumulados e na ampliação de nossa mundividência espírita.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
ESPIRITISMO NO CARNAVAL
Os "espíritas ortodoxos" (ainda bem que só existem no orkut!) vão ter surtos de ira, rasgar as vestes e jogar cinzas sobre a cabeça ao lerem a notícia abaixo, no site da globo.com. E isso porque eles dizem que não são "religiosos"; apenas "ortodoxos"... (sic!)
Bem, o que fica evidente nesse fato é a modernidade e a descontração saudável das instituições que realmente representam o espiritismo. Enquanto outras agremiações religiosas impediram o Joãozionho Trinta de usar o cristo em andrajos, na avenida, num ato medieval de censura, as instituições espíritas não apenas aceitaram, como irão até colaborar.
Afinal, convenhamos, o carnaval é a festa de Deus, pois nele reina a alegria e a felicidade entre os seres humanos. Festa do diabo é o natal, quando todo mundo fica estressado, tenso, fazendo contas que nunca fecham na compulsão em comprar (dar presente é um ato nobre, mas se espontâneo e sem ferimentos), alguns pais desesperados chegando a roubar para cumprir a determinação da mídia...
Além do mais, ninguém é dono de Deus, de Jesus ou dos Espiritos.
RIO - Fugir do convencional para voltar ao Grupo Especial. Essa é a estratégia da Unidos do Viradouro para este carnaval, de acordo com o carnavalesco Jack Vasconcelos. E dentro dessa proposta, uma das apostas da vermelha e branca é um setor inteiro, no fim do desfile, dedicado ao espiritismo. No enredo "Quem sou eu sem você", Jack fará, no último carro, uma homenagem a Chico Xavier. O médium será representado por uma escultura em que aparecerá psicografando, cercada por 60 componentes, alguns deles espíritas, que farão uma performance de mediunidade.
- Nosso enredo é sobre a comunicação usada para unir as pessoas. No último setor, vamos mostrar o contato entre os diferentes planos, com o além. De forma carnavalesca, mas com muita responsabilidade. Tenho certeza de que será um momento emocionante - diz Jack, filho de mãe espírita.
Em termos plásticos, o setor será todo inspirado na estética do filme "Nosso Lar", de Wagner de Assis, baseado na obra de Chico Xavier. A última alegoria, inclusive, terá uma espécie de pirâmide, reproduzindo o Ministério da Comunicação do filme. O ator Renato Prieto, protagonista da produção, também participará do desfile. É ele que faz a ponte entre a agremiação e a Federação Espírita, para evitar que qualquer preceito do espiritismo seja desrespeitado na apresentação da vermelha e branca.
Bem, o que fica evidente nesse fato é a modernidade e a descontração saudável das instituições que realmente representam o espiritismo. Enquanto outras agremiações religiosas impediram o Joãozionho Trinta de usar o cristo em andrajos, na avenida, num ato medieval de censura, as instituições espíritas não apenas aceitaram, como irão até colaborar.
Afinal, convenhamos, o carnaval é a festa de Deus, pois nele reina a alegria e a felicidade entre os seres humanos. Festa do diabo é o natal, quando todo mundo fica estressado, tenso, fazendo contas que nunca fecham na compulsão em comprar (dar presente é um ato nobre, mas se espontâneo e sem ferimentos), alguns pais desesperados chegando a roubar para cumprir a determinação da mídia...
Além do mais, ninguém é dono de Deus, de Jesus ou dos Espiritos.
RIO - Fugir do convencional para voltar ao Grupo Especial. Essa é a estratégia da Unidos do Viradouro para este carnaval, de acordo com o carnavalesco Jack Vasconcelos. E dentro dessa proposta, uma das apostas da vermelha e branca é um setor inteiro, no fim do desfile, dedicado ao espiritismo. No enredo "Quem sou eu sem você", Jack fará, no último carro, uma homenagem a Chico Xavier. O médium será representado por uma escultura em que aparecerá psicografando, cercada por 60 componentes, alguns deles espíritas, que farão uma performance de mediunidade.
- Nosso enredo é sobre a comunicação usada para unir as pessoas. No último setor, vamos mostrar o contato entre os diferentes planos, com o além. De forma carnavalesca, mas com muita responsabilidade. Tenho certeza de que será um momento emocionante - diz Jack, filho de mãe espírita.
Em termos plásticos, o setor será todo inspirado na estética do filme "Nosso Lar", de Wagner de Assis, baseado na obra de Chico Xavier. A última alegoria, inclusive, terá uma espécie de pirâmide, reproduzindo o Ministério da Comunicação do filme. O ator Renato Prieto, protagonista da produção, também participará do desfile. É ele que faz a ponte entre a agremiação e a Federação Espírita, para evitar que qualquer preceito do espiritismo seja desrespeitado na apresentação da vermelha e branca.
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