O espírito é o ser consciente do universo; é a consciência individualizada. E o homem é um estado do espírito.
Seja o espírito um produto final da complexificação dos processos da matéria, ou tenha surgido pronto, anterior ou independente da matéria, produzido por um demiurgo, partimos da premissa de que, em algum momento, ele surgiu. E uma das suas faculdades inerentes e constitutivas, sem a qual ele não seria espírito, é a possibilidade de conhecer. Conhecer é a condição e o desiderato do espírito. Assim, o espírito conhece simplesmente por estar no mundo. Esse conhecimento ocorre lenta, gradual e permanentemente, dentro de um longo - ou até infinito - processo evolutivo. Sendo, o espírito, em seu inicio, simples e ignorante, ele apreende e compreende a realidade como pode. Durante a sua existência, como conseqüência da interação com a realidade, ele aperfeiçoa seus meios de apreensão e compreensão. A realidade aqui compreende todo o meio que o cerca, tanto as coisas diferentes dele, como os outros espíritos, semelhantes a ele; além daquilo que lhe é próprio, que se refere a si mesmo.
O espírito é capacitado a priori para o conhecimento; e essas capacidades são: a percepção, a individuação - e consequente vontade de preservação da individualidade -, e a divinização, ou impulso à divinidade.
Percepção é a capacidade de perceber a realidade, incluindo aí os mecanismos necessários, tais como, observação, análise, raciocínio e outros.
A vontade (ou necessidade) de preservação da individualidade alimenta na personalidade o egoísmo.
O impulso à divinidade é a ética interior e anterior que, no contato com as outras duas capacidades irá determinar as ações e reações do espírito.
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