Recebi meu exemplar da Edição Histórica Bilíngue de “A
Gênese”, de Allan Kardec, traduzida pelo Evandro Noleto Bezerra e editada pela
FEB, da qual tomei conhecimento pelos blogueiros espíritas.
Ao contrário de certos espíritas que agem com espírito de seita procurei
observar a edição com imparcialidade e independência, como tenho feito em todas
as análises por mim publicadas. Livre
pensamento é algo para ser exercido e, não, utilizado como camuflagem para a
arrogância e a ignorância. Não é porque
a FEB é digna de críticas pelas suas pretensões vaticânicas em relação ao
movimento espírita que iremos negar seu cuidado editorial e seus méritos por
ter divulgado em língua portuguesa, por várias décadas, uma ampla bibliografia
espírita. E o cuidado editorial se
manteve na presente edição. Noleto
Bezerra é, sem dúvida, o melhor tradutor de Kardec que existe no mercado. Ao lado disto, uma boa revisão impediu que
sua tradução apresentasse erros crassos de concordância e pontuação como
encontramos abundantemente na edição FEAL, da mesma obra, traduzida pelo
professor Imbassahy; erros passíveis de levar seu leitor a entender erroneamente
o pensamento de Kardec. O mais
alarmante – e que mais identifica o espírito de seita – é a manifestação de um
dos adeptos da “cruzada pela restauração da Gênese” feita num dos seus grupos
no facebook: -“Vamos esperar a
publicação da tradução do Noleto para ‘checarmos’ a fidelidade com a do
Imbassahy”. Isto vale um “!?” (sinal de
espanto). Qualquer pessoa com um mínimo
de inteligência e de senso crítico sabe que a verdadeira comparação tem que ser
feita com o original de Kardec. Por isso
a edição da FEB traz, reproduzida em fac-símile (ou seja, em imagem) a versão
original de 1868. Qualquer leitor
interessado poderá fazer de imediato a comparação item a item e verificar a
fidelidade ou as licenciosidades eventualmente cometidas pelo tradutor, sem
necessidade de “gurus” lhe dizendo o que achar ou pensar. Ao mesmo tempo, poderá utilizar a reprodução
em fac-símile (ou outra qualquer dentre as disponíveis na web) para descobrir
por si mesmo os erros (de tradução, concordância, pontuação, etc.) cometidos na
versão da FEAL, tenham eles sido cometidos pelo tradutor ou pelos revisores.
Concordo com sua visão. Tenho as duas e a tradução de Noleto está mais fiel. Infelizmente, em alguns pontos em que há diferença entre a primeira e a quinta edições, a tradução de Noleto da primeira edição manteve o texto da quinta.
ResponderExcluirPena que não anotei quais são, pois meu foco era estudar, então cotejei vários trechos das traduções para confirmar meu entendimento.
Encontrei também um erro no item 1 do capítulo XIV (aquele item em que foi trocada a palavra matéria na primeira edição por natureza na quinta). O primeiro ponto em que aparece "elemento espiritual" na tradução, no original é "elemento material". A frase ficou sem sentido, já que mais a frente no mesmo item é apresentada a explicação de "elemento espiritual", conforme o original.
Parabéns, Lu Farias. A revisão cochilou nesse item e você pegou...
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