quinta-feira, 30 de julho de 2009

CIÊNCIA OU RELIGIÃO? (II)

O Espiritismo é um conhecimento novo; não se enquadra nas classificações estanques de ciência, filosofia ou religião. Daí que nunca chegarão a um acordo discutindo sua identidade presos a essas classificações. Ele quebra paradigmas; e cria novos. A compreensão de sua identidade deve se dar por conjecturas novas, em novas bases, a serem, talvez, ainda construídas.
A ciência é uma criação humana, resultante das conjecturas que constroem o instrumental metodológico (feita pelos que se dizem "filósofos") e do trabalho dos que usam tais instrumentais (e que se dizem "cientistas").
Ela é tão humana e falível, que estudos científicos, produzidos dentro de universidades, com supervisores e bancas, e publicados em revistas científicas do nível da Nature, chegam a resultados conflitantes.
Kardec insistia em que o Espiritismo fosse ciência porque era um pensador típico do século XIX; época de ingenuidade, em que se endeusava a ciência, pois ela não havia ainda passado por uma crítica mais amadurecida.
Hoje, podemos afirmar que o Espiritismo não é, não deve ser e não precisa ser ciência. Pode ser, sim, metaciência: algo para além da ciência e que tem métodos e conhecimentos suficientes para fazer a mais contundente crítica que a ciência jamais admitiu.
Daí certos embates irreconciliáveis que assistimos entre céticos (que, porém, são "crentões" na ciência) contra espíritas.
Não passa, muitas vezes, da defesa de um mercado ameçado: o "científico"!

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